OS DETERMINANTES DO COMÉRCIO INTERNACIONAL INTRA-INDÚSTRIA: EVIDÊNCIAS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE TRANSFORMAÇÃO PARA O PERÍODO 2001-2010

Aluno de Iniciação Científica: Larissa Maria Nocko (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Econômicas
Orientador: Luiz Alberto Esteves
Departamento: Economia
Setor: Ciências Sociais Aplicadas
Palavras-chave: Comércio intra-indústria , Comércio internacional , Índice Grubel-Lloyd
Área de Conhecimento: 60300000 - ECONOMIA

O trabalho analisa o comércio intra-industrial brasileiro e investiga as variáveis explicativas deste padrão de comércio para o período 2001-2010. Para tanto, o trabalho utiliza os registros de exportações e importações brasileiras da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) para computar os índices de Grubel-Lloyd (G-L) de comércio intra-indústria. São considerados os registros de produtos da indústria de cosméticos para dois grupos específicos de países: i) países latino-americanos e ii) top markets, ou seja, países que estabelecem os principais fluxos comerciais com o Brasil, fora da América Latina. Adicionalmente, é utilizado um modelo econométrico baseado em dados de painel para estimar os parâmetros das variáveis explicativas do comércio intra-indústria. Entre as conclusões, a interpretação do índice permitiu a constatação de um comércio predominantemente inter-industrial com os países latino-americanos, ou seja, uma estrutura de comércio onde o Brasil apresenta vantagens comparativas e balança comercial superavitária. No caso do comércio com o grupo de países denominados top markets, o padrão é do tipo essencialmente intra-industrial, com troca de produtos diferenciados. As conclusões com relação aos determinantes empíricos do índice G-L de comércio intra-indústria deram destaque à variável PIB estrangeiro, ou seja, quanto maior o valor desta variável (quanto mais ricos os países considerados), maior o comércio intra-indústria com o Brasil. Esta variável mostrou poder explicativo maior que: (i) a diferença entre os PIBs doméstico e estrangeiro; e (ii) o PIB per capita estrangeiro. As conclusões sugerem que exista maior propensão de comércio intra-indústria entre o Brasil e parceiros comerciais comparativamente mais ricos, ou seja, países com PIBs absolutos superiores ao nosso.

 

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