MEMÓRIA, RESISTÊNCIA E MOVIMENTO ESTUDANTIL: UMA HISTÓRIA NÃO OFICIAL (1968-1974)

Aluno de Iniciação Científica: Mariana Marques Auler (PET)
Curso: Direito
Orientador: Luís Fernando Lopes Pereira
Colaborador: Estela de Souza Basso, Judá Leão Lobo, Roan Costa Cordeiro
Departamento: Direito Privado
Setor: Ciências Jurídicas
Palavras-chave: Movimento Estudantil , Memória , Resistência
Área de Conhecimento: 60101040 - HISTÓRIA DO DIREITO

Pesquisa coletiva coordenada pelo PET-Direito como contribuição ao resgate da memória dos 100 anos da Universidade Federal do Paraná. O objeto é a luta estudantil contra a ditadura militar nos chamados anos de chumbo (entre o AI 5 e o fim do governo Médici) na UFPR, em particular os estudantes que faziam parte do CAHS (Centro Acadêmico Hugo Simas) e do DCE (Diretório Central dos Estudantes), bem como dos centros acadêmicos que compunham o Conselho de Entidades, outro personagem identificado em parcela das fontes já coletadas pelo grupo. Estas fontes fazem parte do acervo do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e encontram-se sob a guarda do Departamento Estadual de Arquivo Público (DEAP). Fontes que necessitam ainda de complementação em termos de coleta e de posterior tratamento. Além destas, foram levantadas outras importantes fontes que se encontram na Biblioteca Pública do Paraná, em particular as coleções dos periódicos, a partir dos quais se pretende recompor o contexto no qual a luta estudantil se realizou. A idéia é ultrapassar a centralidade das questões políticas, que consagram os personagens das disputas institucionais como os protagonistas históricos, verificando, entre 1968 e 1974, o papel da mídia, os destaques da grande imprensa, sua visão sobre a ditadura e os estudantes, os debates acerca da Universidade, bem como o que culturalmente se encontrava em destaque. A pesquisa, pelo estágio inicial em que se encontra e por seu caráter informativo, terá embasamento, sobretudo, nessas fontes da repressão, fundamentais para desvelar uma memória que até então estava nos porões do DOPS. Partindo das continuidades e descontinuidades entre história e memória, entre conservação e apagamento, buscamos, pois, uma melhor apreensão das relações entre passado e presente, as quais devem ser registradas na história centenária da instituição, a contrapelo das narrativas oficiais.

 

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