NÍVEIS DE PROTEÍNA PARA PÓS-LARVAS DO CAMARÃO DA AMAZÔNIA MACROBRACHIUM AMAZONICUM DURANTE A FASE DE BERÇÁRIO

Aluno de Iniciação Científica: Luana Cagol (PIBIC/CNPq)
Curso: Tecnologia em Aqüicultura - Palotina
Orientador: Eduardo Luis Cupertino Ballester
Co-Orientador: Ademir Heldt
Colaborador: Rodrigo Campagnolo, Andressa Bernd, Pedro Gusmão Borges Neto
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: proteína bruta , camarão da Amazônia , Macrobrachium amazonicum
Área de Conhecimento: 50603027 - CARCINOCULTURA

O camarão-da-amazônia Macrobrachium amazonicum demonstra potencial para a produção em cativeiro, necessitando de estudos que contribuam para o conhecimento de suas necessidades nutricionais. O objetivo deste estudo foi avaliar a sobrevivência e o crescimento em peso e comprimento de pós-larvas (PL) submetidas a dietas com diferentes níveis de proteína bruta. O estudo foi realizado no Laboratório de Carcinicultura da UFPR, campus Palotina. Tanques plásticos retangulares de 50 Litros foram utilizados como unidades experimentais (UE) em sistema de recirculação com filtragem biológica e controle de temperatura da água. Cinco rações com diferentes concentrações de proteína bruta foram utilizadas como tratamentos: PB20 (20 % de proteína bruta), PB25, PB30, PB35 e PB40, cada uma com seis repetições. As PLs foram estocadas a uma densidade de 30 PL UE-1 e apresentaram comprimento médio inicial de 2,64 ± 0,14 cm e peso médio inicial de 0,12 ± 0,02 g. Diariamente as UE foram sifonadas para a retirada das fezes e restos de alimento e a quantidade de ração ajustada conforme o consumo. Durante o experimento as concentrações de oxigênio dissolvido, a temperatura e o pH foram monitorados diariamente e semanalmente as concentrações de amônia e nitrito foram determinadas. Ao final do experimento (33 dias) a sobrevivência e o crescimento em peso e comprimento foram determinados através de biometria. Os parâmetros de qualidade de água monitorados estiveram dentro do intervalo considerado adequado para a produção de camarões. Não foram registradas diferenças significativas para a sobrevivência das PLs, com uma taxa média acima de 85 %. Com relação ao crescimento em peso o tratamento PB35 (ração contendo 35 % de proteína bruta) proporcionou o maior desempenho das PL (média de 0,43 ± 0,03 g) (p < 0,05), seguido dos tratamentos PB30 e PB40 (média de 0,36 ± 0,02 g e 0,37 ± 0,02 g respectivamente). O tratamento PB35 também proporcionou o maior crescimento em comprimento (média de 4,02 ± 0,14 cm), porém, este foi semelhante aos tratamentos PB30 e PB40 (média de 3,90 ± 0,14 cm e 3,81 ± 0,21 cm respectivamente). Os resultados obtidos nas condições de cultivo utilizadas demonstraram que a ração contendo 35 % de proteína bruta promoveu melhor desempenho em peso das PL além uma adequada sobrevivência, dados estes de grande importância para o desenvolvimento de uma dieta artificial adequada para PL de M. amazonicum. 

 

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