AVALIAÇÃO DA SOBREVIVÊNCIA DO POLVO COMUM (OCTOPUS VULGARIS CUVIER, 1797) EM CULTIVO COM GAIOLAS FLUTUANTES CONFECCIONADAS COM MATERIAL ALTERNATIVO

Aluno de Iniciação Científica: GUSTAVO EIDI YAMASSAKI (PIBIC/CNPq)
Curso: Oceanografia - Pontal do Paraná
Orientador: Erica Alves Gonzalez Vidal
Colaborador: Humberto Luiz Naldoni Gerum
Departamento: Centro de Estudos do Mar
Setor: Ciências da Terra
Palavras-chave: Polvo comum , Octopus vulgaris , Cultivo
Área de Conhecimento: 50603019 - MARICULTURA

A aquicultura é uma atividade em pleno desenvolvimento e, a necessidade de diversificar as espécies cultivadas, aponta o polvo comum Octopus vulgaris como candidato de grande potencial para o cultivo, devido as suas altas taxas de crescimento e conversão alimentar. O processo de engorda permite que polvos pequenos com menos de 1 kg cheguem ao tamanho comercial (> 2kg) entre 2 a 3 meses, tendo seu preço elevado e maior aceitação no mercado. Este trabalho tem por objetivo avaliar a eficácia de materiais alternativos e de menor custo na construção de gaiolas de engorda e na sobrevivência dos polvos nas gaiolas. Um atraso para conseguir a licença do IAP para a área do cultivo impossibilitou que o experimento fosse colocado em funcionamento na data prevista, fazendo com que o projeto se focasse na construção das gaiolas com material alternativo. Foram construídas duas gaiolas com dimensões de 1,5 m x 1,5 m x 2,0 m com uma estrutura de alumínio em sua parte superior, revestidas por uma malha de aço de 20 mm. Dentro delas, 20 canos de PVC (em formato de "T") foram dispostos em forma de torre nas arestas das gaiolas para servir de refúgio para os animais. As gaiolas foram instaladas em parceria com um cultivo de mexilhões desenvolvido pela comunidade local em uma região próximo a desembocadura norte da baía de Paranaguá, na ponta oeste da Ilha do Mel, Paraná – Brasil. Foram suspensas com o auxílio de flutuadores de plástico e para cada gaiola foi utilizado 4 poitas de concreto de 50 kg  para sua fixação, fundeadas através do mergulho autônomo. A dieta será composta de peixes, crustáceos e moluscos, cujas proporções serão de aproximadamente 45%, 35% e 20%, respectivamente. O fotoperíodo será natural e os dados de salinidade, temperatura, pH e oxigênio dissolvido  serão medidos in situ durante o período de engorda. Os animais serão mantidos a uma densidade de 4,5km/m3. As gaiolas artesanais apresentaram uma diminuição de 60-70% do valor de uma gaiola de aço inoxidável tradicional, sendo este fator altamente favorável para utilização desta técnica de cultivo por comunidades de baixa renda. A sobrevivência dos polvos neste local dependerá das condições ambientais e de cultivo em que serão submetidos durante o período de inverno e primavera de 2012. Os polvos serão capturados utilizando o mergulho autônomo nas redondezas da desembocadura sul da baía de Paranaguá. No Brasil, este tipo de atividade ainda é inovadora já que o cultivo de moluscos marinhos é limitado apenas a criação de ostras e mexilhões, principalmente na região sul do país. 

 

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