GANHO DE PESO E LESÕES MACROSCÓPICAS DE FRANGOS DE CORTE DESAFIADOS COM EIMEIRA MAXIMA

Aluno de Iniciação Científica: Renata dos Santos Oliveira (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Elizabeth Santin
Colaborador: Nayara Dias da Silva, Jéssica Giuriatti, Mariana Camargo Lourenço
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave:
Área de Conhecimento: 50503014 - PATOLOGIA AVIÁRIA

A coccidiose aviária é uma enfermidade causada por um protozoário do gênero Eimeria, que parasita as células intestinais destes animais. É considerada uma das doenças mais importantes na avicultura industrial, pois causa diarréia e enterite, resultando em uma diminuição da absorção de nutrientes. Este trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho e lesões macroscópicas de frangos de corte desafiados com Eimeria máxima (EM). Ao primeiro dia de vida, 60 animais foram alojados em 2 tratamentos com 30 aves cada, sendo Tratamento 1 – aves controle não desafiadas , Tratamento 2 –  aves desafiadas com Eimeria maxima via oral (50x103 oocistos/mL) aos 14 dias de idade. As aves foram mantidas durante 28 dias com fornecimento de água e ração ad libitum, sem coccidiostáticos, conforme NRC (1994). As aves foram pesadas aos 1, 7, 14, 21 e 28 dias de idade para avaliação de ganho de peso médio (GPM) e necropsias foram realizadas aos 13, 21 e 28 dias para avaliações de lesões. Os resultados de GPM foram submetidos a análise de variância (ANOVA). Para avaliação das lesões macroscópicas foi dado escore de lesão de acordo com Johnson & Reid (1970) e avaliados pelo teste de Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade. Nas pesagens realizadas nas duas primeiras semanas,não houve diferença significativa entre os tratamentos. Porém, no período de 14 a 21 dias de idade, as aves do Tratamento 2 apresentaram menorganho de peso. Sugere-se que houve interferência do desafio nestes resultados, pois o pico da infecção por EM é geralmente observada 5 dias após o contato. Este processo desencadeia o recrutamento de células relacionadas a resposta imune, o que pode aumentar a necessidade de recursos orgânicos pelo animal, com consequente perda de desempenho. Embora no período de 21 a 28 dias tenha ocorrido recuperação da saúde intestinal das aves, sem diferença estatística no ganho de peso, quando avaliado o período de 1 a 28 dias, o Tratamento 2 apresentou menor ganho de peso quando comparado ao Tratamento 1. Na necropsia aos 13 dias não foram observadas lesões macroscópicas sugestivas de EM. Nas necropsias aos 21 e 28 dias foram observadas lesões específicas de EM no grupo inoculado. Conclui-se que animais desafiados com Eimeria maxima apresentaram menor GPM estando relacionado com a presença de lesões no trato gastrintestinal.

 

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