RESPOSTA IMUNOLÓGICA DE FRANGOS DE CORTE DESAFIADOS COM EIMERIA MÁXIMA
Aluno de Iniciação Científica: Nayara Dias da Silva (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Elizabeth Santin
Colaborador: Mariana Camargo Lourenço, Renata dos Santos Oliveira, Mayara Camila Silva Santos
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Coccidiose , Caliciformes , CD8+
Área de Conhecimento: 50503014 - PATOLOGIA AVIÁRIA
A coccidiose aviária é uma doença amplamente difundida tanto pelo seu caráter infeccioso, quanto pelo seu impacto econômico. Provocada por protozoários do gênero Eimeria, pode estar presente em granjas de corte e reprodutoras, apesar da grande disponibilidade de drogas anticoccidianas. A persistência da morbidade relacionada à doença pode ser explicada pela provável resistência destes microorganismos aos medicamentos existentes para o seu controle. Com o objetivo de avaliar a resposta imunológica de mucosa induzida por Eimeria máxima (EM) foram realizadas análises histológicas (células caliciformes) e imunoistoquímicas (CD4+ E CD8+) em jejuno e íleo de frangos desafiados com este agente. Foram utilizados 60 frangos de corte distribuídos em 2 tratamentos sendo T1: não inoculado e T2: inoculado com EM (10 oocistos/mL/ave) aos 14 dias. No que se refere a dinâmica celular na mucosa intestinal de jejuno e íleo das aves aos 21 dias de vida, o grupo desafiado apresentou menor quantidade de células caliciformes que o grupo não desafiado. De acordo com vários autores (Richer et al., 1991; Yunus et al., 2005) o numero de células caliciformes realmente reduz durante o primeiro estágio de infecção com Eimerias podendo voltar ao normal após a infecção ter sido controlada. Aos 28 dias observa-se que aves desafiadas apresentam menor número de células CD4+ na mucosa do íleo. Apesar de não haver diferença entre os dois tratamentos para o número de células CD8+, verifica-se que a relação de células CD4/CD8 é menor nas aves do grupo desafiado, o que significa maior proporção de células CD8+. Vários estudos (Lillehoj, 1994; Rose et al., 1992; Renaux et al., 2003) tem demonstrado aumento na porcentagem de células CD4+ mas principalmente de células CD8+ após desafio com Eimerias, sendo que este tipo celular persiste por muito tempo após a infecção, sugerindo que células CD8+ têm importante papel na imunidade local contra coccidiose.