O controle da contaminação microbiológica da carne de frango por microorganismos envolvidos em toxinfecção alimentar em seres humanos é de extrema importância. Este controle é feito com base em medidas de biosseguridade e com uso de aditivos que auxiliam na redução desses microorganismos, como probióticos que também são descritos como capazes de modular a resposta imune. Assim foi delineado o seguinte experimento com o objetivo de avaliar o uso o probiótico Enterococcus faecium (EF) desafiados com Salmonella Minnesota (SM) na modulação da resposta imune de mucosa em frangos de corte. Foram alojados 60 frangos de corte do 1 aos 35 dias, divididos em três tratamentos, com 20 aves cada, sendo T1 controle negativo, T2 controle positivo e T3 dieta contendo o probiótico EF. Aos 15 dias de idade as aves dos T2 e T3 foram inoculadas com 108 UFC/mL de SM. Aos 35 dias, foram feitas coletas de ceco e contagem de SM. Aos 7 e aos 35 dias foram coletados íleo e ceco para contagem de células CD4+, CD8+ e caliciformes. Na avaliação microbiológica, o EF controlou a infecção de SM no ceco das aves aos 35 dias. Na avaliação imunológica, aves tratadas com EF, antes do desafio, apresentaram maior contagem de células caliciformes em íleo e ceco, menor contagem de células CD8+ em íleo e maior contagem de células CD4+ em ceco quando comparadas as aves do grupo controle. Aos 35 dias, após desafio, aves tratadas com EFapresentaram menor contagem de células CD4+ em íleo, quando comparada aos controles negativo e positivo e menor contagem de células CD8+ quando comparadas ao controle positivo. O uso de EF como probiótico na ração foi eficaz na redução da contagem de SM no ceco, o que pode ser associado com mudanças na dinâmica da infiltração de células imunes na mucosa do íleo e ceco. Além disso o EF também interfere com a dinâmica celular da mucosa intestinal de aves não desafiadas com SM, como foi visto nas aves aos 7 dias de idade.
