ANÁLISE MORFOLÓGICA DOS BULBOS OCULARES DE PINGÜIM-DE-MAGALHÃES (SPHENISCUS MAGELLANICUS)

Aluno de Iniciação Científica: Christiane Montenegro Coimbra Moura (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Fabiano Montiani-Ferreira
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: bulbo ocular , Spheniscus magellanicus , pinguins-de-magalhães
Área de Conhecimento: 50503006 - PATOLOGIA ANIMAL

A visão é uma importante modalidade sensorial, principalmente as espécies de hábito diurno. As estruturas intraoculares são basicamente as mesmas encontradas em bulbo oculares dos mamíferos e das aves, porém estas últimas apresentam diversas particularidades anatômicas. Esse trabalho objetiva avaliar cortes histológicos de bulbos oculares de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), analisar a estrutura ocular e caracterizar o padrão histológico normal do bulbo ocular, medindo as respectivas estruturas intraoculares. Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) são as aves marinhas mais comuns em águas jurisdicionais brasileiras, sendo encontradas desde a região sul até o Rio de Janeiro. Avaliou-se nove lâminas de bulbo ocular de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) provenientes da Ilha do Cardoso, em São Paulo. Os tecidos foram corados com HE e PAS para visualização da lâmina de Bowman. As respectivas estruturas foram fotografadas com o auxílio do programa de computador Image Pro Plus, e as medidas obtidas através do programa Dino Capture, obtendo-se medidas em micrômetros (µm). Os resultados obtidos das espessuras intraoculares foram: córnea central 635,0 ± 11,2, córnea periférica 652,4 ± 49,9, epitélio corneano 43,5 ± 1,8, lâmina de Bowman 13,4, esclera central 494,6 ± 39,1, esclera equatorial 231,9 ± 91,6, cartilagem central 647,2 ± 189,8, cartilagem equatorial 390,1 ± 101,8, coróide central 458,2 ± 97,4, coróide equatorial 272,4 ± 96,6, retina central 514,1 ± 20,3, retina equatorial 493,1 ± 180,6, epitélio pigmentar da retina 80,9 ± 11,1, segmentos externos dos fotorreceptores 61,5 ± 6,2, nuclear externa 36,3 ± 8,8, plexiforme externa 38,8 ± 2,9, nuclear interna 64,5 ± 20,2, plexiforme interna 136,6 ± 15,3, células ganglionares 12,2 ± 1,4, fibras nervosas 55,7 ± 18,2. A esclera, cartilagem, coróide e retina apresentaram-se mais espessas na porção central, próxima ao nervo óptico, do que no equador, enquanto a córnea apresentou-se mais espessa na periferia, próximo ao limbo, do que na sua porção central.

 

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