ABORDAGEM AOS PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS POR CAVALOS DE TRAÇÃO EM PINHAIS-PR

Aluno de Iniciação Científica: Carla Azolini Campos (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Ivan Deconto
Colaborador: Carolina Brandão Serrano, Cristiane Conceição de Barros, Rafael Leme Marques
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: equideos , censo , agravos
Área de Conhecimento: 50502050 - SAÚDE ANIMAL (PROGRAMAS SANITÁRIOS)

A presença de coletores de materiais recicláveis nos centros urbanos é hoje notada com freqüência, e uma parcela destes faz uso, para transporte, de carroças tracionadas por equídeos. Os Centros de Controle de Zoonoses (CCZs) recebem por ano diversas notificações de agravos com equídeos, que geralmente são deixados em local impróprio. O presente estudo objetivou a análise dos problemas causados por equídeos de tração e a realização do censo equíno no município de Pinhais. Em 2003, o CCZ de Pinhais recebeu notificação de 10 incidentes com equídeos, dos quais 90% estavam soltos em via pública e 10% apresentavam lesões. No ano de 2004, foram notificados 5 agravos com equídeos, todos soltos em via pública, dos quais 20% estavam machucados. Em 2005, houve 15 reclamações envolvendo equídeos, dos quais 80% estavam soltos em via pública e 6,67% apresentavam lesões. No ano de 2006, foram notificados 55 agravos com equideos, dos quais 76,36% estavam soltos em via pública e 14,55% estavam machucados. Em 2011, foram recebidas 50 reclamações envolvendo equideos, todos soltos em via pública, dos quais 6% estavam machucados. Em 2011 foi aplicado um questionário à grande maioria dos proprietários de equideos do município. Por meio deste questionário foi possível saber os principais dados dos animais e de seus proprietários. O censo revelou a presença de 171 equideos no munícipio, dos quais 24,56% trabalham tracionando carroças. Os outros 75,44% são animais destinados a passeio ou ao trabalho dentro de propriedades. 15,20% dos equideos já são chipados e 51,03% dos proprietários de equideos não chipados apresentou interesse em chipar seus animais. Do total, 32,14% dos equideos ficam soltos em via pública ou em local não cercado. Os proprietários destes animais alegam falta de espaço adequado para deixa-los e falta de recursos para arcar com o aluguel de uma chácara ou com a construção de cocheiras. A partir de dados do questionário, percebe-se falta instrução e de informação sobre manejo de cavalos aos proprietários de equideos de tração. Em 2011, foi apresentado um teatro de fantoches aos alunos de 1ª a 4ª série de 26 escolas municipais. Com isso, pretendeu-se instruir as crianças quanto ao bem estar do cavalo e à guarda responsável. O município de Pinhais pretende ainda realizar, em parceria com a UFPR, cursos e palestras aos proprietários de animais carroceiros. O CCZ do município visa também à apreensão dos equideos que estiverem em local impróprio e em más condições, além de multa ao proprietário.

 

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