PRESENÇA DE PARASITAS NOS ERITRÓCITOS E PLASMA E ALTERAÇÕES NOS ESFREGAÇOS SANGUÍNEOS DE CAVALOS CARROCEIROS EM PINHAIS, PR
Aluno de Iniciação Científica: Lais de Moraes Antunes (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Marcelo Beltrão Molento
Co-Orientador: Ivan Deconto
Colaborador: Sarah Larisse Mantovani
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Esfregaço sanguineo , Projeto Carroceiro , Cavalos carroceiros
Área de Conhecimento: 50502042 - DOENÇAS PARASITÁRIAS DE ANIMAIS
O Projeto Carroceiros da UFPR, juntamente com a Prefeitura de Pinhais, tem o objetivo de garantir o bem estar dos cavalos e seus mantenedores oferecendo assistência gratuita na área de saúde e condição animal. Em virtude da proximidade do homem com o cavalo, é importante conhecer as doenças que acometem os equinos, as quais podem acometer também o homem. Os principais parasitas que podem ser vistos nos esfregaços em equinos são: Ricketsias, Anaplasma, Babesia, Plasmodium, Tripanossoma e larvas de helmintos. O objetivo desse trabalho foi verificar a incidência de parasitos nos eritrócitos e plasma e possíveis alterações no esfregaço sanguíneo de cavalos carroceiros. No "Dia do Carroceiro", realizado pelo Projeto em 12 de maio de 2012, foram coletadas 30 amostras de sangue, das quais foram realizados esfregaços sanguíneos em lâmina. As lâminas foram coradas utilizado a técnica de Wright. Das 30 amostras analisadas, 7 (23,33%) foram consideradas inviáveis na confecção. Das 23 amostras que foram interpretadas, 14 (60,86%) não apresentaram alteração no esfregaço sanguíneo. Em nenhuma das amostras (0%) analisadas foi encontrado parasitos intracelulares de eritrócitos, porém, diagnóstico sugestivo para larvas de helmintos foi encontrado em uma amostra (4,34%). Em relação às células sanguíneas, foi encontrado Acantócitos em quatro (17,39%) amostras. As células em gota foram encontradas em apenas um (4,34%) cavalo. Neutrófilo com granulação tóxica foi observado em dois (8,69%) animais e Anisocitose foi encontrada em um (4,34%) cavalo. A Hipocromia estava presente em dois (8,69%) animais, sendo que a presença de Policromatófilos ocorreu em dois (8,69%) cavalos. Células em alvo foram identificadas em duas amostras (8,69%) e alta quantidade de Corpúsculos de Howell-Jolly estavam presentes em três (13,04%) equinos. Conclui-se que o esfregaço sanguíneo é um exame qualitativo de grande valor como monitoramento e de diagnóstico diferencial para diversas patologias em equinos, principalmente em doenças que envolvam mudanças na conformação de hemácias. Apesar de não ter sido constatado a presença de parasitos eritrocitários, o alto índice (39,14%) de alterações presentes nos esfregaços dos cavalos carroceiros, revela a importância da assistência médico-veterinária realizada pelo Projeto Carroceiros da UFPR.