DETERMINAÇÃO DE ENFERMIDADES PARASITÁRIAS EM FELINOS NO ZOOLÓGICO DE CURITIBA, PARANÁ

Aluno de Iniciação Científica: Daniele Von Krüger Amaral (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Marcelo Beltrão Molento
Co-Orientador: Manoel Lucas Javorouski
Colaborador: Ana Pérola Drulla Brandão, Caroline Chevalier Volpato, Fernando Zanlorenzi Basso
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: felinos selvagens , zoológico , Toxascaris leonina
Área de Conhecimento: 50502042 - DOENÇAS PARASITÁRIAS DE ANIMAIS

A manutenção de animais em cativeiro impõe situações de estresse, diminui a capacidade imunológica e propicia o aumento das infecções parasitárias. O manejo sanitário é necessário de forma permanente para monitorar essas áreas de risco, bem como a adoção de medidas profiláticas que mantenham essas parasitoses sob controle. Felinos selvagens em cativeiro são susceptíveis as parasitoses, com potencial risco zoonótico. A ocorrência de parasitos nos felinos do Zoológico de Curitiba, no período entre março e junho de 2010 foi estudada com o objetivo de avaliar a situação sanitária desses animais. O Zoológico de Curitiba possui sete espécies de felinos, sendo três de pequenos e quatro espécies de grandes felinos, dentre os pequenos felinos estão três gatos maracajás (Leopardus wiedii), três gatos-do-mato (Leopardus tigrinus) e três jaguatiricas (Felis pardalis), entre os grandes felinos encontram-se dois pumas (Puma concolor), três onças (Panthera onca), dois tigres (Panthera tigris) e seis leões (Panthera leo). Foram realizados exames a fim de detectar a presença de parasitos intestinais, além disso, foram estudadas as possíveis fontes de contaminação e as condições externas e internas aos felinos. Amostras fecais de 18 felinos foram coletadas e os métodos utilizados para análise foram o Exame Direto, Gordon & Withlock (MacMaster), Flutuação Espontânea e o PARATEST®. Somente a espécie Toxocara leonina foi encontrada em 22,2% (04/18) de animais infectados. A intervenção com antiparasitário foi realizada em somente um animal, o único com alta carga parasitária (950 OPG). Após 15 dias da aplicação, foi realizada nova coleta de fezes para avaliar o efeito do medicamento, comparando os resultados pré- e pós-tratamento a eficácia do medicamento foi de 89,5%. Foi observado que apesar de existir a necessidade de melhorar alguns pontos críticos, como o uso do mesmo material para limpeza de todos os recintos que favorece a disseminação mecânica de ovos de parasitas e o fornecimento de roedores (hospedeiros paratênicos do T. Leonina) como parte da alimentação, o manejo sanitário realizado periodicamente no Zoológico se mostrou bastante eficiente, a maioria dos animais permanece em recintos individualizados, limpos diariamente e com remoção das fezes, o que dificulta a disseminação e contaminação dos animais pela ingestão de ovos.

 

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