DIAGNÓSTICO DA PARVOVIROSE EM CÃES COM DIARREIA - ATENDIDOS NO HV UFPR - PALOTINA PELA TÉCNICA DA HEMAGLUTINAÇÃO E/OU INIBIÇÃO DA HEMAGLUTINAÇÃO
Aluno de Iniciação Científica: Simone Cerqueira Lima (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Mônica Kanashiro Oyafuso
Co-Orientador: Elisabete Takiuchi
Colaborador: Flávia Possatti, Renata Madureira, Eduardo Coelho Mendes Neto
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: parvovirose canina , hemaglutinação , inibição da hemaglutinação
Área de Conhecimento: 50502034 - DOENÇAS INFECCIOSAS DE ANIMAIS
A parvovirose canina é uma enfermidade entérica altamente contagiosa causada pelo parvovírus canino tipo 2 (CPV2), apresentando maior prevalência nos animais jovens. O quadro clínico inicia com sinais inespecíficos (apatia, anorexia, vômito e diarreia), os quais são facilmente confundíveis com outras enfermidades infecciosas, parasitárias, intoxicações, entre outras. Entretanto, a parvovirose tem evolução aguda e pode levar o animal rapidamente à morte, mesmo com o tratamento de suporte adequado. Os animais afetados podem eliminar aproximadamente 1010 partículas virais por grama de fezes na fase aguda da infecção. Além disso, o CPV2 é altamente resistente, podendo permanecer viável no ambiente por até seis meses quando protegido em matéria orgânica. Com isso, é de extrema importância o diagnóstico laboratorial conclusivo, para estabelecer um protocolo terapêutico adequado, bem como para instituir medidas eficazes para o controle do agente no ambiente. O objetivo deste trabalho foi estabelecer o diagnóstico de parvovirose nos cães com diarreia atendidos no Hospital Veterinário da UFPR – campus Palotina pelas técnicas de hemaglutinação (HA) e inibição da hemaglutinação (HI). Foram coletadas amostras biológicas (fezes e/ou soro) de 38 cães atendidos com o quadro clínico de diarreia. As amostras de fezes foram submetidas à técnica de HA para determinação do título viral. Os soros sanguíneos foram utilizados para determinação do título de anticorpos (anti-CPV2) pela técnica de HI. Das 38 amostras fecais, 57,9% (22/38) foram positivas para o CPV2 pela técnica de HA. Destes animais positivos no HA, 12 soros puderam ser avaliados paralelamente pela técnica de HI, detectando-se anticorpos contra o CPV2 em 66,7% (8/12) das amostras. Quanto à imunização para o CPV2, 36,4% (8/22) dos positivos não apresentaram histórico de vacinação, 22,7% (5/22) eram vacinados e 40,9% (9/22) o histórico vacinal era desconhecido. A faixa etária dos animais positivos variou de 1 a 18 meses. Os sinais clínicos mais frequentes foram vômito, apatia e anorexia. No hemograma dos cães acometidos pela doença, os principais achados foram anemia e leucopenia por linfopenia e/ou neutropenia. Em virtude da alta frequencia de casos de internamento no HV UFPR – Palotina com suspeita de parvovirose, é importante estabelecer um diagnóstico conclusivo precoce para adoção de medidas terapêuticas, higiênicas (isolamento, desinfecção, vazio sanitário) e sanitárias (imunização profilática) eficazes para o controle e profilaxia desta importante virose.