PERFIL DE ANTIBIOGRAMA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E STREPTOCOCCUS AGALACTIAE E DYSGALACTIAE DE VACAS COM MASTITE SUBCLÍNICA NO PARANÁ
Aluno de Iniciação Científica: Izabelle Mariane Cordeiro (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: José Francisco Ghignatti Warth
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: mastite , antibiograma , s. aureus
Área de Conhecimento: 50502034 - DOENÇAS INFECCIOSAS DE ANIMAIS
A Mastite Infecciosa Bovina é a doença infecciosa de ocorrência mais comum afetando os rebanhos leiteiros em todo o mundo. Quando presente na sua forma aguda acarreta a diminuição da produção leiteira enquanto que na forma crônica provoca lesões irreversíveis no quarto mamário ao provocar a proliferação de tecido fibroso e a formação de abscessos purulentos. Enquanto as formas crônicas são facilmente identificadas, as subclínicas podem passar desapercebidas pelo criador sendo diagnosticados pelo uso do California Mastite Teste (C.M.T) devendo ser tratados adequadamente no período seco com antimicrobianos comprovadamente eficazes. Os agentes bacterianos mais comuns na mastite infecciosa são Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e Streptococcus dysgalactiae. A utilização errônea de produtos veterinários contendo antibióticos pode resultar na persistência infecciosa possibilitando assim o surgimento de cepas resistentes, acarretando ao produtor prejuízos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar "in vitro" o grau de sensibilidade e resistência destas espécies bacterianas frente aos antimicrobianos de uso rotineiro. Foram avaliadas microbiologicamente 56 amostras colhidas de forma adequada por médicos veterinários com suspeita de mastite sub-clínica sendo armazenadas em frascos estéreis na temperatura de 4 a 8Cº para posterior isolamento no LABMOR-UFPR. As amostras foram semeadas em Agar Sangue, Agar Manitol e Caldo B.H.I. sendo incubadas a 37ºC durante 48-72 horas. Colônias suspeitas foram isoladas em cultura pura sendo então submetidas à identificação bioquímica do gênero e espécie bem como às provas de sensibilidade aos antimicrobianos de uso comum em casos de mastite bovina pela técnica de difusão em disco único. Os halos de inibição observados "in vitro" foram dimensionados com régua milimetrada sendo classificados como S:Sensível; I: Intermediário e R: Resistente. Foram isoladas 27 cepas identificadas como S. aureus e 29 cepas de Streptococcus sp. Dentre os antimicrobianos testados o que apresentou-se como o mais eficaz contra 100% das cepas de S. aureus foi a Cefalexina, seguida da Oxacilina com 92.6% e da Neomicina com 88.9% de sensibilidade. Para o gênero Streptococcus sp a Cefalexina igualmente foi a mais eficaz com 79.3% das cepas apresentando sensibilidade seguida da Azitromicina com 62.1% e da tetraciclina com 55.2%. Conclui-se que a realização de antibiogramas para a escolha das drogas mais eficazes "in vitro" contra os agentes é uma boa ferramenta para obter-se o sucesso terapêutico.