AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIFÚNGICOS DE USO TÓPICO POR CEPAS DE MALASSEZIA PACHYDERMATIS ISOLADAS DE OTITES E DERMATITES CANINAS E FELINAS
Aluno de Iniciação Científica: Andressa Migliorini Martinelli (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: José Francisco Ghignatti Warth
Colaborador: Jorge Bacila Agottani
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Malassezia pachydermatis , Perfil de susceptibilidade , Fungigrama.
Área de Conhecimento: 50502034 - DOENÇAS INFECCIOSAS DE ANIMAIS
Malassezia pachydermatis é reconhecida como uma levedura que habita normalmente tanto a pele quanto o conduto auditivo de cães e gatos. No entanto, quando acontecem desequilíbrios imunológicos ou condições propícias para o superpovoamento deste patógeno oportunista, frequentes casos de dermatite ou otites por M. pachydermatis ocorrem nestas espécies animais, as denominadas malassezioses, reconhecidas clinicamente por apresentarem um intenso prurido nas áreas afetadas podendo ser diagnosticada com certeza somente através de exames microbiológicos. As dermatites e otites infecciosas bacterianas nestes animais ocorrem com maior frequência do que as provocadas por esta levedura, sendo frequentes os casos de resistência aos antibacterianos de uso rotineiro. A mesma preocupação técnica existe quanto às otites e dermatites provocadas por Malassezia pachydermatis, pois se desconhece o padrão de resistência atual aos antifúngicos utilizados. Além disto, devido à falta de um diagnóstico microbiológico correto, infecções provocadas pela levedura são tratadas erroneamente com antibacterianos completamente ineficazes. Como nos produtos comerciais de uso veterinário utilizados em otites e dermatites destes animais são empregados diferentes antifúngicos, a presente pesquisa visa avaliar o padrão atual de susceptibilidade de cepas de M. pachydermatis isoladas de casos de otites e dermatites frente aos variados antifúngicos de uso tópico verificando "in vitro" o grau de eficácia de cada um. Foram isoladas e replicadas no laboratório LABMOR do Departamento de Medicina Veterinária da UFPR distintas cepas de M. pachydermatis em ágar mycosel com posterior realização do antifungigrama constando de 8 distintos antifúngicos. Após 48 horas procedeu-se a leitura das placas, mensurando-se o halo de inibição correspondente a cada antifúngico. Verificou-se que a maioria dos antifúngicos apresentaram grande variabilidade na eficácia, sendo resistentes a algumas cepas enquanto são sensíveis a outras. Isso mostra a importância do antifungigrama antes de dar início ao tratamento afim de se obter o melhor resultado possível.