EDUCAÇÃO NA EXTENSÃO: O TEATRO DE FANTOCHES DO PROJETO CARROCEIROS E SEUS RESULTADOS
Aluno de Iniciação Científica: Julia Dall Anese (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Ivan Deconto
Co-Orientador: Alexander Welker Biondo
Colaborador: Mardjory Basten, Cristiane da Conceição de Barros, Mariane Angélica Pommerening Finger
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave:
Área de Conhecimento: 50502000 - MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA
Parte da coleta de material reciclável de Curitiba e Região metropolitana é feita por coletores que utilizam como ferramenta de trabalho cavalos que estão em contato direto com os proprietários e família. A educação de crianças é a base para que se estabeleçam as primeiras relações com a coletividade e por isso a necessidade de informa-las a respeito das corretas práticas de manejo e cuidado dos cavalos, objetivando introduzir conceitos de bem estar animal para que estes se difundam e perpetuem de forma duradoura.Com base nisso o projeto de extensão carroceiro instituiu a apresentação do teatro de fantoches a crianças de 1ª a 5ª serie em escolas públicas do município de Pinhais. A história leva aos alunos dicas de como cuidar da saúde, alimentação e bem estar, evidenciando que os animais também sentem dor, não podem trabalhar excessivamente e devem ser mantidos em local adequado para não causar acidentes.Após a apresentação, os alunos do projeto interagiram com as crianças fixando os pontos principais do teatro e entregaram um jogo educativo e, as professoras, um questionário para avaliar a absorção dos conceitos. Este trabalho avalia os resultados dos questionários, que contem sete perguntas, sendo seis com respostas objetivas e uma discursiva, visando à sua interpretação e à melhoria do método. De 236 questionários respondidos, 227(96,19%) crianças reconheceram que os cavalos sentem dor; 221(93.64%) que gostam de capim, milho e ração, 228 alunos (96,61%) acham que não é certo deixar os animais soltos na rua. 217(91,95%) crianças responderam que o animal pode ficar mal ao trabalhar um dia todo sem alimentar-se ou beber água.136 disseram (57,63%) já ter ouvido sobre o Projeto. As respostas discursivas foram organizadas em grupos de acordo com a questão relativa à opinião sobre o teatro: as justificativas para "sim" foram divididas em quatro grupos, sendo que 72 crianças (30,51%) disseram ter gostado por ser engraçado, bonito, legal ou gostar de teatro; 90(38,14%) por terem aprendido algo, 47(19,92%) não justificaram e 13(5,51%) por outros motivos. A prática da atividade demonstrou a necessidade de algumas alterações, como a adequação do conteúdo exposto à idade das crianças, indicando ser precisa maior interação entre Projeto e as escolas e a diminuição do número de escolas-alvo, focando naquelas em áreas de maior prevalência de animais cujos proprietários participaram do Projeto Carroceiro.Os resultados confirmam a importância de ações educativas, uma vez que os alunos absorveram, em sua maioria, os conceitos relativos ao bem estar e manejo dos animais.