O IMPACTO DA ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL DE CÃES E GATOS ATENDIDOS EM PROGRAMAS CORRELATOS À MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO: ESTUDO PROSPECTIVO

Aluno de Iniciação Científica: Andrea Wagner de Castro (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Tilde Rodrigues Froes
Colaborador: Andressa Cristina de Souza, Daniel Capucho de Oliveira, Kamila Lopes de Faria
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Ultrassonografia , Cães , Medicina do Coletivo
Área de Conhecimento: 50501038 - RADIOLOGIA DE ANIMAIS

Os programas de controle populacional de cães e gatos têm se destacado nos últimos anos como uma importante ferramenta na redução do número de animais errantes. A subárea da Medicina Veterinária que atua estreitamente com esse objetivo é denominada Medicina Veterinária do Coletivo (MVC) ou "Shelter Medicine". A Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Hospital Veterinário contam com projetos envolvendo alunos, residentes, pós graduandos e professores na área de Medicina Veterinária do Coletivo associados à parcerias com o município de São José dos Pinhais – PR, Centro de Controle de Zoonoses de Pinhais – PR (CCZ-Pinhais) e o município de Curitiba. Tais programas visam, além da esterilização dos animais, proporcionar à população medidas educativas em relação ao manejo dos animais e guarda responsável, contando também com uma "Unidade Móvel de Esterilização e Educação em Saúde". O objetivo desse estudo foi avaliar ultrassonograficamente cães e gatos provenientes do CCZ - Pinhais, Vila Pantanal (Curitiba-PR), animais de funcionários do Campus Centro Politécnico da UFPR e São José dos Pinhais, verificando a ocorrência de alterações abdominais e a contribuição dessa modalidade diagnóstica na propedêutica do paciente, definindo o impacto e a necessidade da realização desse exame. Foram examinados 3 cães, 27 gatas e 101 cadelas, totalizando 131 animais. O maior número de alterações que de alguma forma interferiram na propedêutica do paciente e alteraram seu planejamento cirúrgico foram atribuídas ao sistema genital totalizando 22 animais (16,79%). Além desses foram detectados cinco casos de peritonite (3,82%) e dois de pancreatite (1,53%). Em três animais (2,29%) o planejamento cirúrgico foi alterado pela presença do endoparasito Dioctophyma renale, e em um caso (0,76%) devido a suspeita de neoplasia em vesícula urinária. Não houve alterações em outros órgãos de forma a alterar o planejamento cirúrgico. Conclui-se que o exame ultrassonográfico foi fator de extrema importância para abordar corretamente o paciente, podendo alterar não só o agendamento como também o próprio procedimento cirúrgico e anestésico, comprovando, então, a necessidade da realização desta modalidade diagnóstica no exame clínico prévio à esterilização nesse tipo de paciente.

 

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