ESTUDO DA EFICÁCIA DA CONTENÇÃO QUÍMICA DE DIDELPHIS ALBIVENTRIS COM A ASSOCIAÇÃO DE XILAZINA, CETAMINA E MIDAZOLAM 

Aluno de Iniciação Científica: Daiane Vanessa de Oliveira Rossi (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Professora Doutora Simone Benghi Pinto
Co-Orientador: Professora Doutora Marivone Valentim Zabott
Colaborador: Professor Anderson Luiz de Carvalho, Professora Doutora Geane Maciel Pagliosa e Médico Veterinário Rafael Messias Luiz.
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Didelphis albiventris , contenção , química
Área de Conhecimento: 50501011 - ANESTESIOLOGIA ANIMAL

Didelphis albiventris pertence a um grupo moderadamente diversificado de marsupiais de pequeno porte que, na sua grande maioria, são confinados aos ambientes tropicais e temperados da região neotropical. A contenção química de animais silvestres é utilizada amplamente para captura, transporte, diagnóstico e tratamento dos mesmos. Devido à necessidade de contenção química de D. albiventris para avaliação de aspectos parasitológicos e biométricos, propôs-se avaliar a eficácia da associação anestésica com cetamina, xilazina e midazolam. O estudo foi realizado no Parque Estadual de São Camilo (Palotina/PR) no período de outubro de 2011 a maio de 2012. Para a captura dos animais, foram utilizadas armadilhas do tipo Tomahawk. As armadilhas permaneceram armadas, em locais distintos, durante três noites consecutivas, com intervalo médio de 25 dias entre as capturas. Os animais capturados foram pesados e divididos aleatoriamente em dois grupos, G1 (cetamina 15 mg/kg, xilazina 1mg/kg e midazolam 0,2 mg/kg) e G2 (cetamina 25 mg/kg, xilazina 1 mg/kg e midazolam 0,4 mg/kg), sendo os fármacos administrados em uma única seringa por via intramuscular. Foram avaliados o tempo para perda do reflexo de endireitamento (PRE), período de latência (PL), período hábil de anestesia (PH), retorno do reflexo de endireitamento (RRE), tempo de recuperação (TRec), frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), temperatura retal (TR), miorelaxamento (Mrl) e sensibilidade dolorosa dos membros torácicos (SDT) e pélvicos (SDP) nos tempos de 5, 10, 20, 30 e 40 minutos após a administração dos fármacos. Foram capturados 16 animais com peso médio de 1,35 kg ± 0,34 kg. Dos 16 animais, apenas 11 foram submetidos a contenção química (G1 n=5 e G2 n=6). Durante a avaliação anestésica foram observadas diferenças significativas de FC, Mrl e SDP entre grupos, com maior depressão cardíaca em G1,e maior grau de relaxamento muscular e menor SDP em G2. Não foram observadas diferenças quanto a FR e TR entre os grupos. Foram observados maiores tempos de PRE e PL em G1, respectivamente 2,8±0,8 min e 5,0±0,7 min contra 1,5±0,8 min e 2,8±1,3 min em G2. Não foram observadas diferenças significativas no PH, RRE e no TRec entre os grupos. . Quanto a avaliação da FR e TR, não foram observadas diferenças entre os grupos. Com base nos resultados obtidos até o momento e na metodologia proposta, o protocolo empregado em G2 apresentou melhor efeito dose resposta, sendo indicado para os procedimentos realizados no presente estudo.

 

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