PROTEÍNA C REATIVA EM CÃES COM NEOPLASIA MAMÁRIA

Aluno de Iniciação Científica: Ana Carolina Stadler Kreitler (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Simone Domit Guérios
Co-Orientador: Rosangela Locatelli Dittrich
Colaborador: Michelly Battisti, Daniella Matos da Silva, Mhayara Samile de Oliveira Reusing
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: proteínas de fase aguda , malignidade , prognóstico
Área de Conhecimento: 50501003 - CLÍNICA E CIRÚRGIA ANIMAL

As proteínas de fase aguda (PFA) são parte de um complexo sistema do organismo que responde rapidamente ao dano celular ou tecidual. Nas neoplasias as alterações séricas de PFA estão associadas ao grau de malignidade tumoral e à capacidade de produzir metástase. A proteína C reativa (PCR) é a PFA mais estudada nos processos neoplásicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concentração sérica da PCR como ferramenta de auxílio diagnóstico e prognóstico em cadelas acometidas por neoplasia mamária. Para o presente trabalho foram selecionadas 43 cadelas diagnosticadas com neoplasia mamária, divididas em três grupos: neoplasia benigna (n=12), neoplasia maligna sem ulceração de pele (n=23) e neoplasia maligna com ulceração de pele (n=8). As pacientes foram atendidas no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná - Curitiba (HV-UFPR) entre o período de maio de 2010 e outubro de 2011. Para o grupo controle, foram selecionadas 20 cadelas adultas e clinicamente saudáveis. O teste turbidimétrico ultra-sensível com Kit comercial Biotécnica® foi utilizado para determinação da concentração sérica da PCR. Para análise estatística inicialmente foi empregado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos resultados. Tratando-se de dados não paramétricos, executou-se a análise de variância de Kruskal-Wallis (p< 0,05) e teste Dunn para fazer a comparação entre os grupos. As médias da PCR sérica dos grupos neoplasia mamária ulcerada (2,32 ± 1,63 mg/L; P=0,0012) e neoplasia mamária não ulcerada (0,53 ± 0,71mg/L; P=0,0097) apresentaram aumento significativo quando comparadas ao grupo controle (0,35 ± 0,41mg/L). O aumento da PCR observado nas neoplasias mamárias ulceradas pode estar relacionado à presença de solução de continuidade na pele, tendo em vista que a PCR é importante marcador inflamatório. O aumento da PCR sérica observada nas pacientes com neoplasia mamária maligna sem ulceração pode ocorrer devido a inflamação crônica consequente da neoplasia mamária. A malignidade da neoplasia também pode estar relacionada com o aumento da PCR nestes pacientes, sendo que os pacientes com neoplasia mamária benigna (0,49 ± 0,45mg/dL)apresentaram valores séricos de PCR semelhantes ao grupo controle. Conclui-se que a PCR sérica pode ser usada como ferramenta de auxílio diagnóstico e prognóstico em cães com neoplasia mamária.

 

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