Aluno de Iniciação Científica: Mardjory da Silva Basten (PIBIC-AF/FA)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Peterson Triches Dornbusch
Co-Orientador: Eduarda Oliveira
Colaborador: Cristiane Conceição de Barros, Ivan Deconto, Ivan Roque de Barros Filho
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: dentes , cavalos , carroceiros
Área de Conhecimento: 50500007 - MEDICINA VETERINÁRIA
Atualmente nos centros urbanos os cavalos são utilizados por coletores de material reciclável como ferramenta de trabalho, e nem sempre recebem os cuidados adequados. O aparelho bucal dos equinos pode apresentar problemas que evoluem de forma silenciosa e podem trazer prejuízos à saúde, comprometendo o desempenho e funcionalidade durante as atividades impostas a estes animais no dia-a-dia. Para orientar o manejo correto da dentição desses animais, foi realizado um levantamento dos principais problemas dentários que acometem cavalos. Foram avaliados 64 cavalos atendidos pelo projeto de extensão universitária "Carroceiro", desenvolvido no município de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Realizou-se anamnese específica para verificação da presença de sinais clínicos indicativos de problemas orais. Os animais foram colocados em brete de contenção, para a realização do exame da cavidade oral, lavada com jatos de água quando necessário. Então utilizou-se um abridor de boca autoestático para melhor visualização da cavidade. Em seguida foi feita uma avaliação geral da condição bucal e conformação das arcadas dentárias, descrevendo em uma ficha odontológica cada problema encontrado, o mapeamento dentário foi feito com base no sistema de Triadan, que consiste na utilização de três dígitos para a nomenclatura dos dentes. A idade dos animais avaliados variou de 1,5 a 28 anos e o escore corporal estava dentro da normalidade para 81,25% (52). Nos 64 animais avaliados foi encontrada uma incidência de 6,25% (4) de cálculos dentários, 21,87% (14) de ganchos, 4,68% (3) de dentes em degrau, 17,18% (11) dentes em rampa, 28,12% (18) de pontas de esmalte, 3,12% (2) de ausência de dentes e 7,81% (5) de fraturas dentárias. Além disso foi avaliada a presença de dente de lobo e apenas 10,93% (7) animais apresentaram. Verificou-se baixa incidência de problemas na população avaliada, sendo que a maioria dos problemas são de baixa repercussão na qualidade de vida desses animais. Portanto conclui-se que a inserção do tratamento odontológico no programa do município é desnecessária.