ALTERAÇÃO DO PADRÃO DE FERMENTAÇÃO DA SILAGEM DE AMORA ENSILADA DE DIFERENTES FORMAS APÓS A ESTABILIDADE AERÓBIA
Aluno de Iniciação Científica: Daniel Dalla Costa (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Américo Fróez Garcez Neto
Colaborador: Everton Elias Burin Baldasso, Janielen da Silva, Tiago Machado dos Santos
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: silagem , amora , estabilidade
Área de Conhecimento: 50500007 - MEDICINA VETERINÁRIA
A conservação de forragens é uma maneira de evitar o efeito da sazonalidade sobre a produção animal. A ensilagem tem sido um eficiente método de conservação e pode ser manipulada para minimizar as perdas no valor nutricional de diferentes forrageiras. A amoreira normalmente apresenta bom teor de proteína (17%), boa produção de MS e boa adaptação ao clima tropical, podendo ser uma alternativa para a produção pecuária sustentável. O estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a ensilagem e o efeito da estabilidade aeróbia na conservação da amoreira Neste trabalho foi testada a ensilagem de amoreira (Morus alba L.) sob três condições (natural, emurchecida e com adição de milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS)) no momento da abertura do silos e após a fase de estabilidade aeróbia. Foram feitas análises de pH, poder tampão (PT) e condutividade elétrica (CE) na abertura dos silos (após 52 dias de fermentação) e após 7 dias de estabilidade aeróbia. Também foi feito a mensuração da temperatura por todo esse período de exposição ao ar, sendo sua variação utilizada como referência para quebra da estabilidade. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas no tempo, com três repetições. Houve diferença (p< 0,05) nos valores encontrados entre as variáveis analisadas. A velocidade na queda do pH pode ser estimada pelo valor do PT, o qual indica a resistência que a massa de forragem tem em diminuir o pH. Quanto maior o PT, menor a velocidade na queda do pH, o que influi negativamente na conversação da ensilagem. A CE é outra variável que demonstra quanto do conteúdo celular está disponível para a fermentação, quanto maior a quantidade de íons dissolvidos, maior será a CE e a possibilidade de queda do pH. O tratamento com MDPS obteve o menor valor de pH (4,57) e a menor média de CE (961,35 mS/cm). O menor valor de pH e CE na silagem com MDPS pode indicar que os íons dissolvidos no material antes da ensilagem foram adequadamente utilizados pelos microorganismos para efetiva queda do pH. A amostra ensilada emurchecida obteve menor valor de PT (56,69 meq/100g MS). Não se verificou quebra da estabilidade aeróbia, pois a variação entre a temperatura do silo e do ambiente não foi superior a dois graus Celsius durante o período de estudo. A adição do material absorvente (MDPS), além de elevar o teor de MS, também contribuiu com o fornecimento de carboidratos favorecendo a fermentação láctica e a queda do pH. A silagem com MDPS foi a que proporcionou melhor padrão de fermentação.