INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE SOBRE A PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LEITE, EM VACAS DA RAÇA HOLANDESA EM REGIME DE CONFINAMENTO

Aluno de Iniciação Científica: Débora Aline Schlemmer (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: José Antonio de Freitas
Co-Orientador: Alexandre Leseur dos Santos
Colaborador: Eduardo Michelon do Nascimento, Frabrisio Broll, José Carlos Scolaro Junior
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Calor , Índice de conforto , Vaca leiteira
Área de Conhecimento: 50405004 - PRODUÇÃO ANIMAL

Na busca de maior produtividade, a tendência das granjas leiteiras é a introdução de animais de alto potencial genético especializados em produção de leite e alta eficiência na utilização dos alimentos os quais sejam viáveis economicamente. Estes animais apresentam metabolismo elevado, com maior produção de calor endógeno, sendo então, mais sensíveis às ações do meio ambiente e mais susceptíveis ao estresse térmico. Estudos internacionais na área de ambiência estabelecem que a zona de conforto térmico para vacas leiteiras varia de 5 a 25 graus Celsius. Além da temperatura, a umidade relativa tem grande influência na determinação de um índice (índice de temperatura e umidade, ITU) utilizado para avaliar o conforto térmico de bovinos. Valores de ITU acima de 72 indicam presença de estresse moderado. Condições ambientais fora da zona de conforto térmico tem sido correlacionadas com reduções na produção e composição de leite. Objetivou-se com este estudo avaliar a influência do índice de temperatura e umidade sobre a produção e composição do leite de um rebanho comercial composto por 467 vacas da raça Holandesa em lactação, localizado na Região de Céu Azul – PR, no ano de 2006. Os animais foram criados em regime de estabulação completa (free stall). A dieta dos animais continha 17% de proteína bruta na matéria seca e era composta de silagem de milho e concentrado, e fornecida 3 vezes ao dia. Os dados de produção de leite foram registrados diariamente. Foram analisados dados referentes à produção e composição (gordura, proteína, lactose, sólidos totais, contagem de células somáticas e nitrogênio uréico no leite). Os dados foram submetidos à análise de variância pelo procedimento GLM do SAS (2009). Verificou-se que houve efeito do ambiente térmico (p< 0,001) para todas as características analisadas (produção de leite em kg/dia (PL), CSS(x1000), % de proteína, % de gordura, % lactose, % sólidos totais) com menor variação no teor de proteína. A produção de leite teve um decréscimo nos meses de janeiro a março e setembro a dezembro, quando foram observados valores mais elevados de ITU. Já nos meses de março a outubro os valores de ITU permaneceram em seus níveis mais baixos sendo observado maior  produção de leite. A redução na produção de leite foi relacionada com o estresse por calor durante esses meses. Dentre as características qualitativas do leite, verificou-se que  a o teor de gordura e de sólidos totais foram mais influenciadas pelo ambiente térmico.

 

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