COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA DA AMOREIRA NATURAL E CONSERVADA NA FORMA DE SILAGEM E FENO PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Aluno de Iniciação Científica: Everton Elias Burin Baldasso (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Américo Froés Garcez Neto
Colaborador: Janielen da Silva (Bolsista IC/UFPR - TN), Tiago Machado dos Santos (Bolsista MS/Reuni); Eduardo Rodrigo Scherer (Estagiário)
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: forrageira , silagem , feno
Área de Conhecimento: 50404016 - AVALIAÇÃO, PRODUÇÃO E CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS
A queda de produção e qualidade da forragem para nutrição animal durante algum período do ano prejudica a produção pecuária. Para evitar o efeito da sazonalidade na produção de forragens pode-se realizar a conservação das mesmas. As principais técnicas para a conservação que podem ser adotadas são a ensilagem e a fenação. A amoreira (Morus Alba L.) apresenta boas características de produção de matéria seca, boa adaptação ao clima tropical e pode ser considerada uma boa fonte de proteína. Por apresentar essas características, a amoreira pode ser uma alternativa para tornar a produção pecuária sustentável. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes métodos de utilização da amoreira. O experimento foi conduzido no Laboratório de Nutrição Animal na Universidade Federal do Paraná, localizada em Palotina, Paraná. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e três repetições. Cinco formas de utilização da amoreira foram avaliadas: amora sob corte, feno de amora, silagem de amora natural, silagem de amora com aditivo absorvente de umidade (milho desintegrado com palha e sabugo - MDPS com 89% de MS) e silagem de amora pré-emurchecida. Na avaliação bromatologica foram analisados os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente acido (FDA), matéria mineral (MM) e carboidratos não fibrosos (CNF). As técnicas para ajustar os teores de MS para conservação da amora foram eficientes. O feno produzido apresentou 89,87% de MS, enquanto o processo de emurchecimento e a adição de material absorvente (MDPS) foram eficazes para adequar os valores de MS das silagens a níveis considerados ideais (30 – 35%) para uma adequada fermentação. Os resultados de FDN não foram alterados nas diferentes formas em que o alimento foi estudado. A adição de MDPS (10,85% na MS total), mesmo com o valor inferior de FDN, não foi capaz de alterar os valores nos alimentos testados, comparado com a amora natural. Maiores valores de FDA foram encontrados nas formas conservadas. Provavelmente pela fermentação no processo de ensilagem, e a respiração que ocorre no processo de fenação. Essas atividades podem reduzir a porção de carboidratos solúveis e concentrar o FDA. Valores médios encontrados de PB (17,87%), FDN (35,57%) e CNF (35,27%) demonstram que a amora é uma boa alternativa forrageira sob corte, podendo ser ela também conservada na forma de silagem e feno.