EFEITO DO USO DE COMPLEXO ENZIMÁTICO COMERCIAL EM DIETAS ALTERNATIVAS SOBRE A MORFOMETRIA DA MUCOSA INTESTINAL DE FRANGOS DE CORTE

Aluno de Iniciação Científica: Alessandra Gazola (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Jovanir Inês Fernandes Müller
Co-Orientador: Elisângela Thaísa Gottardo
Colaborador: Robson Ferreira Domingos, Pamela Borges Stockler, Caio Tellini
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Frangos , Morfometria , Enzimático
Área de Conhecimento: 50403028 - AVALIAÇÃO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS

O objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia de um complexo enzimático comercial em dietas convencionais e alternativas, com redução da densidade nutricional, sobre a resposta imune de frangos de corte. Foram utilizados 900 pintos de corte de um dia de idade, machos, da linhagem comercial Cobb Slow. As aves foram distribuídas aleatoriamente de acordo com um delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e seis repetições de 25 aves cada, compondo 36 unidades experimentais. Os tratamentos foram divididos da seguinte forma: T1, dieta controle convencional, a base de milho e farelo de soja; T2, dieta convencional com densidade nutricional reduzida; T3, mesma dieta que a T2, porém, com a inclusão de complexo enzimático comercial a base de amilase, xilanase e protease; T4, dieta controle alternativa, com mesmos níveis nutricionais de T1, formulada com milho, milheto, farelos de soja, canola e girassol; T5, dieta alternativa com densidade nutricional reduzida, e; T6, dieta T5 com a inclusão de complexo enzimático comercial. Foi coletado sangue de 2 aves por unidade experimental aos 42 dias de idade para a avaliação do perfil eletroforético da IgA. Para a mucosa intestinal, aos 42 dias de idade, 2 aves por unidade experimental foram sacrificadas e coletado fragmentos do duodeno, do jejuno e do íleo. Cada fragmento foi submetido a cortes semi-seriados de corados pelo método HE. Dietas com ingredientes convencionais ou alternativos acrescidos ou não de enzimas não influenciou o percentual de lesões microscópicas observadas na mucosa de nenhum segmento intestinal. Por outro lado, observou-se uma incidência maior de lesões para ingredientes alternativos independente da densidade no jejuno e íleo. A quantidade de células positivas para CD3, na mucosa do íleo das aves apresentou diferença significativa (p< 0,05) na comparação entre alimentos convencionais e alternativos. Dietas a base de milho e soja apresentaram maiores quantidade destas células de defesa em comparação com as dietas que incluíram milheto, farelo de canola e de girassol. Por outro lado, o uso de enzima nas dietas convencionais ou alternativas diminuiu (p< 0,05) o número de CD3 observados na mucosa do íleo. Observou-se aumento (p< 0,05) de células caliciformes com a dieta a base de milho e soja. Não foi observado aumento da IgA no soro das aves. Existem grandes variações nos resultados obtidos em relação às respostas imunes e em relação à integridade da mucosa intestinal, estas podem estar relacionadas com as concentrações ou as combinações enzimáticas para os diferentes alimentos.

 

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