ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO PREÇO DO KG VIVO DO SUÍNO NO ESTADO DO PARANÁ
Aluno de Iniciação Científica: Thiago Augusto da Cruz (Pesquisa voluntária)
Curso: Zootecnia
Orientador: Paulo Rossi Junior
Co-Orientador: João Batista Padilha Junior
Colaborador: Izabel Cristina Adur Fortes, Andréia Karina Mariani, Helton Gongalves Nascimento
Departamento: Zootecnia
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Agronegócio , Sazonalidade , Suinocultura
Área de Conhecimento: 50400002 - ZOOTECNIA
Objetivou-se analisar o comportamento do preço pago aos produtores pelo Kg do suíno vivo no estado do Paraná. Analisando o cenário da suinocultura paranaense, verificaram-se oscilações nos preços pagos pelo kg/vivo do suíno, no período de junho de 2009 a dezembro de 2011. Todos os valores analisados neste trabalho foram deflacionados através do IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) do mês de janeiro/2012. De acordo com o índice de preços da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná – Departamento de Economia Rural (SEAB/DERAL), o Kg do suíno vivo no estado foi cotado a R$2,45 no mês de janeiro de 2011. Apesar dos preços estarem muito próximos aos valores de janeiro de 2009 e 2010, houve uma queda acentuada nos preços de 13,88% quando comparados às médias entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011. Essa queda nos preços é consequência dos altos preços praticados em 2010, que encerrou o ano com as melhores médias anuais, com o suíno vivo sendo cotado a R$2,95/kg em novembro/2010. Os meses posteriores a dezembro de 2010 apresentaram médias mensais muito próximas às observadas em 2010. Contudo, no mês de junho de 2011 foi registrada a menor média da série analisada com o quilo vivo do suíno sendo cotado a R$1,95 enquanto que, para o mesmo período de 2010 o kg vivo do suíno foi cotado a R$2,38 representando uma queda de 18,07% nos preços em termos reais. As incertezas das indústrias em relação às exportações devido a suspeita do embargo russo, anunciado no mês de junho de 2011, refletiram no aumento da disponibilidade interna de carne suína, esse aumento na oferta gerou preços baixos, explicável pela relação básica entre oferta e demanda. Porém, de acordo com dados da Abipecs, os embarques de carne suína aumentaram 17,26% de maio a junho, contrariando as expectativas de queda. O recuo nas exportações ocorreu apenas no mês de julho, que passou de 52,7 mil toneladas para 36,1 mil toneladas, com uma queda de 17,52% ao comparar com o mesmo período de 2010. É importante destacar que, apesar do fechamento do mercado russo e da valorização do real, que manteve o produto brasileiro menos competitivo em relação aos concorrentes, o Brasil exportou mais para outros mercados, sendo Hong Kong o principal destino da carne suína brasileira. O segundo semestre de 2011 apresentou boa recuperação nos preços do suíno vivo no Paraná, porém, não alcançou as médias observadas em 2010, apesar dessa recuperação, os custos de produção, que se dá em grande parte pela alimentação, ficaram mais altos, justificável pelos altos preços da soja e milho.