ESTIMATIVA DA RETIRADA DE CINZAS E SEUS COMPONENTES DEVIDO AO USO DE MADEIRAS INDUSTRIAIS
Aluno de Iniciação Científica: Tamires de Almeida Sfeir (IC-Voluntária)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira
Orientador: Dimas Agostinho da Silva
Colaborador: Rodrigo Simetti, Marcos Ramos Lima
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Cinzas , Madeira , meio ambiente
Área de Conhecimento: 50206001 - ENERGIA DE BIOMASSA FLORESTAL
Com o crescente desenvolvimento econômico, tecnológico e aumento da consciência ambiental global, o cenário energético tornou-se um tema amplamente discutido. Especialmente após a Crise do Petróleo, com início em 1973, estimulando a revisão das políticas energéticas empregadas ao redor do mundo. A biomassa ocupa posição importante nestas políticas, pois, mesmo em relação às demais fontes renováveis de energia, apresenta custos relativamente baixos. Ela demonstra menor dependência em curto prazo com as variações climáticas e pode ser uma rota para reaproveitamento de resíduos de diversos setores industriais. O principal método utilizado para a conversão desse material em energia é a combustão, que possui aspectos ambientais importantes a serem geridos. Dentre eles a emissão de efluentes gasosos e a produção de cinzas, principal interesse deste trabalho, que são os resíduos inorgânicos remanescentes após o processo de combustão. As cinzas geradas podem criar duas formas de problemas a serem observados: operatório e ambiental. Focando na vertente ambiental, essas podem constituir um problema tanto para saúde pública, quanto para o ambiente. Pois poderão afetar negativamente na qualidade do ar local, e ter influência nos ciclos biogeoquímicos dos minerais. Levando-se em conta, que a composição química das cinzas é essencialmente de óxidos minerais, estas devem ser consideradas na reciclagem de nutrientes de ecossistemas. O presente trabalho tem por objetivo fazer a estimativa da retirada de cinzas e seus componentes, derivadas de madeiras industriais. Os dados foram obtidos através de análises de rotina do Laboratório de Energia de Biomassa Florestal (LEBF) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conforme a norma NBR 8112/1983 da ABNT, sendo que a análise qualitativa destas foi realizada pelo Laboratório de Análise de Minerais e Rochas (LAMIR), também da UFPR, por espectrometria de fluorescência de raios X (Espectrômetro Philips PW 2400). O teor de cinzas na madeira usualmente é menor que 3%, a composição varia com a espécie e local de origem do material. Dentre as amostras analisadas observou-se uma maior ocorrência dos óxidos de silício, alumínio, ferro e cálcio.