AVALIAÇÃO QUALITATIVA ENERGÉTICA DA MADEIRA E CASCA DE EUCALYPTUS DUNNII
Aluno de Iniciação Científica: Rodrigo Simetti (Bolsista permanência)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira
Orientador: Dimas Agostinho da Silva
Colaborador: Tamires de Almeida Sfeir, Marcos Ramos Lima
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: reflorestamento; potencial energético; biomassa
Área de Conhecimento: 50206001 - ENERGIA DE BIOMASSA FLORESTAL
A demanda mundial por fontes de energia alternativas e renováveis vem crescendo nos ultimos anos, devido à grande dependência das fontes de combustíveis fosseis que se apresentam limitadas e geram grandes impactos ambientais. A biomassa tem tido um papel relevante entre essas fontes alternativas, principalmente devido a sua grande capacidade energética, e dentro desta, as espécies florestais de rápido crescimento tem destaque, devido ao seu baixo custo e menor concentração de enxofre, quando comparadas combustíveis fosseis. O presente estudo tem como objetivo caracterizar qualitativamente a espécie Eucalyptus dunnii, por ser uma espécie de rápido crescimento e resistente a climas de baixa temperatura. O material foi coletado em reflorestamento comercial no estado de Santa Catarina e analisado no Laboratório de Energia de Biomassa Florestal (LEBF) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) nas seguintes propriedades: a) composição química através dos teores de materiais voláteis, carbono fixo e cinzas, segundo a norma da ABNT NBR 8112/1983; b) poder calorífico superior e inferior, conforme a norma da ABNT NBR 8633/1984; c) densidade básica através do método do máximo teor de umidade, conforme VITAL (1984). Foram utilizadas 40 arvores e as amostras foram retiradas na forma de discos e em diferentes alturas das arvores: base, DAP, 25%, 50%, 75% e 100%. Os resultados parciais mostram as seguintes médias gerais das propriedades analisadas: materiais voláteis 83,32 ± 0,02%, carbono fixo 16,36 ± 0,02%, cinzas 0,321 ± 0,003%, poder calorífico superior 4575 ± 120 kcal/kg, densidade básica 0,521 ± 0,079 g/cm³. Os valores médios encontrados foram de baixa variação, com exceção do teor de cinzas. A grande variação no teor de cinzas decorre de variações na qualidade de solo e do baixo teor encontrado. A conclusão parcial permite afirmar que a espécie tem potencial energético adequado para uso nos diversos segmentos industriais que utilizam a biomassa e ser uma contribuição na melhoria da matriz energética brasileira.