AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA PARTE AÉREA DE DIFERENTES ESPÉCIES FLORESTAIS PARA FINS ENERGÉTICOS

Aluno de Iniciação Científica: Heloisa Busaguera (IC-Voluntária)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Dimas Agostinho da Silva
Colaborador: Rodrigo Simetti, Tamires de Almeida Sfeir
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Potencial energético , Parte aérea , Diferença entre o potencial energético de folhas e galhos
Área de Conhecimento: 50206001 - ENERGIA DE BIOMASSA FLORESTAL

Atualmente o uso da biomassa florestal tornou-se uma alternativa viável do ponto de vista econômico e social. Para aumentar a eficiência desse material é preciso que suas propriedades energéticas sejam controladas, e este controle é feito através da análise e acompanhamento de variáveis, como o teor de umidade, teor de cinzas, densidade e poder calorífico. Sabendo que há diferenciação no potencial energético entre os diversos constituintes da árvore, o presente trabalho visa avaliar o potencial energético da copa de árvores (galhos e folhas, separadamente) para diferentes espécies florestais. Foram coletadas amostras de folhas e galhos de sete espécies: Pinus patula, Pinus taeda, Cupressus, Cunninghamia, Eucalyptus dunnii, Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna, provenientes de florestas plantadas em Camanducaia/MG. Os parâmetros analisados foram: umidade conforme a norma NBR 7993; Composição química através dos teores de materiais voláteis, de carbono fixo e de cinzas conforme a norma NBR 8112/83; poder calorífico superior e inferior conforme a norma NBR 863/85; densidade básica pelo método do máximo teor de umidade e taxa de secagem das biomassas ao ar em função do tempo, partindo de material verde durante 10 dias, tempo padrão usado na colheita. Os resultados médios encontrados mostram que: 1) Umidade: com elevados valores considerando material combustível, sendo que o ideal é ser o menor possível; as folhas e os galhos, durante 10 dias de secagem ao ar, perderam cerca de 30% de umidade média, ficando com valor médio de 48% na base úmida; 2) Composição química: os teores de carbono fixo e de cinzas nos galhos foram menores quando comparados com as folhas para as mesmas espécies. 3) Poder calorífico: os melhores resultados foram encontrados nas folhas em relação aos galhos para as diferentes espécies. Isso se deve aos teores de carbono fixo mais elevados e, consequentemente, menores teores de materiais voláteis. 4) Densidade básica: foi elevada para todos os materiais com base no material verde. Conclui-se, preliminarmente, que há diferenças entre as espécies e intra-espécies para galhos e folhas nos parâmetros analisados. 

 

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