DESENVOLVIMENTO DA MELIPONICULTURA NO LITORAL DO PARANÁ
Aluno de Iniciação Científica: Fabiele Oliveira de Freitas (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Gestão Ambiental (Setor Litoral) (MT)
Orientador: Renato Bochicchio
Colaborador: Rodrigo Arantes Reis, Édina Vergara
Departamento: Campus Litoral
Setor: Campus Litoral
Palavras-chave: meliponicultura , desenvolvimento sustentável , Litoral paranaense
Área de Conhecimento: 50205021 - CONSERVAÇÃO DE ÁREAS SILVESTRES
Os conflitos socioambientais em áreas de entorno de unidades de conservação são frequentemente observados e representam desafios na compatibilização do uso e ocupação do solo frente à preservação e conservação de áreas naturais protegidas. A necessidade premente de preservar ecossistemas frágeis muitas vezes resulta em novos cenários ao desenvolvimento dos territórios. O litoral do Paraná, que apresenta um mosaico de unidades de conservação federal e estadual de ecossistemas da Mata Atlântica, traduz essa perspectiva a partir da consolidação histórica dos paradigmas ambientais emergentes. Com especial riqueza em biodiversidade e limitações sócio-econômicas profundas, o litoral do Paraná apresenta condições de desenvolvimento da meliponicultura, ou criação de abelhas sociais indígenas e sem ferrão, considerada como uma das raras atividades produtivas que dependem, necessariamente, dos ambientes naturais preservados para possibilitar geração de renda. A meliponicultura, comoatividade econômica, contribui com a renda familiar, a partir da comercialização do mel, pólen e própolis de abelhas nativas, bem como pela valorização degustativa, ecológica e cultural, pelos princípios do turismo de base comunitária, turismo rural e turismo ecológico. O presente trabalho é uma continuidade das ações do projeto "Meliponário Didático-Científico", vinculado ao programa de extensão "Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral". A execução do presente trabalho desenvolveu-se em três etapas consecutivas: (1) levantamento das demandas sócioambientais pelo desenvolvimento da meliponicultura na região; (2) diagnóstico dos possíveis atores sociais responsáveis pelas ações em prol da meliponicultura; (3) estruturação de um projeto em rede para o desenvolvimento da meliponicultura na região. As pesquisas foram realizadas a partir da participação em reuniões de espaços consultivos e deliberativos, como o Conselho do Parque Nacional Saint Hilaire/Lange e a Câmara Técnica de Meliponicultura do Estado do Paraná, aliadas ao levantamento bibliográfio sobre a ocorrência, dispersão e vulnerabilidade das abelhas nativas da região. O produto da pesquisa realizada foi o documento "Abelhas Nativas no Plano de Manejo do Parque Nacional Saint Hilaire/Lange", consolidada como parceria entre a UFPR Litoral e o ICMBio. Esse produto deu origem ao projeto recentemente aprovado e financiado pela SETI (Universidade sem Fronteiras), que vai atuar no desenvolvimento da meliponicultura nas comunidades Parati (Guaratuba) e Floresta (Morretes), ambas àreas de conflito com o Parque Nacional.