DISTRIBUIÇÃO DE CÉLULAS OLEÍFERAS NA MADEIRA DE CANELA SASSAFRÁS, OCOTEA ODORIFERA (VELLOZO) ROHWER
Aluno de Iniciação Científica: WALLY NILZA KLITZKE (Pesquisa voluntária)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: UMBERTO KLOCK
Co-Orientador: ELIANE LOPES DA SILVA
Colaborador: GUILHERME BENHOUR MOURA, JOÃO OSVANI MESSIAS JUNIOR
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Ocotea odorifera , células oleiferas , distribuição no fuste
Área de Conhecimento: 50204068 - QUÍMICA DA MADEIRA
A canela sassafrás, Ocotea odorifera (Vellozo) Rohwer; familia Lauraceae, é uma espécie da flora brasileira ameaçada de extinção do ecossistema da Mata Atlântica. Foi muito explorada em razão da presença de óleo essencial em seu xilema, provocando a inclusão da espécie na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção (IBAMA, 1992). O óleo essencial possui alto teor de safrol, acima de 80% (FAO, 1995); é o componente de larga aplicação farmaceútica, entre outras. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição das células oleiferas presentes no xilema; para tanto estudou-se uma árvore de canela sassafraz de aproximadamente 25 anos, com 12 metros de fuste e DAP de 0,25m, proveniente da região de Mandirituba-PR. A amostragem foi realizada em três diferentes alturas do tronco: base (0,1m), meio (5 m) e topo (10 m), em duas posições próximo a medula e próximo a casca. Foram confeccionadas lâminas permanentes com cortes anatômicos transversal, tangencial e radial, que foram coloridos para diferenciação das diferentes células constituintes do tecido. A descrição anatômica da madeira foi obtida por análise microscópica do tecido. A contagem do número de células presentes em 1 mm2 foi realizada em 6 diferentes posições dos cortes anatômicos. A seguinte descrição anatômica foi observada "anel de crescimento distinto pela espessura das paredes de lenho tardio. Vasos são obstruídos (alguns) por tilos, exsudação do parênquima axial, paratraqueal, vasos com pontoações. Vasos são solitários e múltiplos e quando múltiplos em cadeias radiais. Porosidade difusa. Parênquima axial paratraqueal do tipo vasicêntrico. Os raios são heterogêneos com células retangulares (procumbentes) e células quadráticas inferiores, são unisseriados e multisseriados (na sua maioria bisseriados), as fibras são septadas, apresentando células oleíferas como característica especial. A frequência média observada das células oleíferas foi significativamente maior nas posições próximo a casca em relação a posição próximo a medula nas três alturas amostradas, a maior frequência foi observada na base (30), ocorrendo decréscimo do número de células oleiferas presentes na posição média do tronco (14), aumentando novamente na posição superior (22); nas posições próximos a medula a frequência média observada foi de aproximadamente 50% da frequência do número médio de células oleíferas observadas próximo a casca. Concluindo-se que o aumento da idade da árvore, nos anéis de crescimento mais externo ocorre maior concentração de células oleíferas.