QUANTIFICAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL EM ÁRVORE DE CANELA SASSAFRÁS, OCOTEA ODORIFERA (VELLOZO) ROHWER
Aluno de Iniciação Científica: GUILHERME BENHOUR MOURA (Pesquisa voluntária)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira
Orientador: UMBERTO KLOCK
Co-Orientador: ELIANE LOPES DA SILVA
Colaborador: WALLY NILZA KLITZKE, JOÃO OSVANI MESSIAS JUNIOR
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: óleo de sassafrás , Ocotea odorifera , quantificação
Área de Conhecimento: 50204068 - QUÍMICA DA MADEIRA
O óleo de sassafrás foi usado pela sua fragrância em numerosos usos domésticos como encerramento de assoalhos, limpeza, polimentos, sabões e detergentes entre outros, sendo seu principal componente o safrol, utilizado na síntese de vários compostos flavorizantes, fixadores e princípios ativos farmaceúticos. No Brasil, sua exploração a partir da canela sassafrás iniciou em 1940, no estado de Santa Catarina, onde atingiu o auge naquele período, elevando o País ao maior exportador mundial do óleo de sassafrás. A decadência se deu possivelmente pelo rareamento de árvores da espécie, que não foi replantada, resultando na proibição da exploração em 1992 (IBAMA, 1992). Assim, o Brasil passou de exportador a importador de óleo de sassafrás. Pela carência de informações sobre a espécie, este estudo teve por objetivo quantificar a presença de óleo essencial em uma árvore, amostrada na região de Mandirituba-PR, com aproximadamente 25 anos, de 12 metros de fuste e DAP de 0,25m. A amostragem foi realizada em três diferentes alturas do tronco: base (0,1m), meio (5 m) e topo (10 m), em duas posições próximo a medula e próximo a casca. Após a demarcação das amostras, a madeira foi tranformada em resíduos na forma de palitos. As determinações de óleo essencial formam realizadas em laboratório com sub amostras de 100 g base seca do material particulado com repetição, em vidraria de extração de clevenger, por arraste de vapor d'água. O óleo extraído foi separado da água com solvente diclorometano. Os resultados obtidos mostraram que a região central do xilema apresentou menor rendimento em óleo essencial nas 3 diferentes alturas, tendo a máxima diferença observada na região mediana (5m de altura do fuste) com 160% de diferença, onde os rendimentos médios foram respectivamente de 1,3% e 3,5% (base madeira seca). A menor variação ocorreu na posição topo, com 62%. Considerando a variação em altura observou-se que o rendimento em óleo na porção central do tronco apresentou menor variação no rendimento (entre 1,3 e 1,8%). A porção externa, próximo a casca, verificou-se variação entre os rendimentos de 2,8 e 3,5%, das alturas base e mediana respectivamente, enquanto que na altura topo obteve-se 3,0% de rendimento. Com os resultos obtidos, pode-se concluir que a porção externa do xilema apresenta maior rendimento em óleo, que aumenta também em altura, apresentado maior rendimento na porção mediana do tronco.