DISCRIMINAÇÃO DE ESPÉCIES DE PINUS POR ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO PRÓXIMO E COLORIMETRIA EM ACÍCULAS
Aluno de Iniciação Científica: Marina Stygar (Bolsista permanência)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Silvana Nisgoski
Co-Orientador: Graciela Inés Bolzon de Muñiz
Colaborador: Felipe Strapasson Lazzarotto, Francielli Rodrigues Ribeiro Batista
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Pinus , NIR , Colorímetro
Área de Conhecimento: 50204017 - ANATOMIA E IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS
O gênero Pinus que possui mais de cem espécies é o mais antigo da família Pinaceae, atualmente sua madeira exerce importante papel no fornecimento de matéria prima para as indústrias de base florestal, principalmente na região sul do Brasil. Avanços tecnológicos que buscam a uniformidade da qualidade de produtos têm conduzido à aplicação de vários métodos não destrutivos em pesquisas, sendo úteis por processar um grande número de amostras de forma rápida e com bons resultados. Dentre estes se encontram a espectroscopia no infravermelho próximo, que é a medição do comprimento de onda e intensidade de absorção de luz infravermelha próxima de uma amostra, e a colorimetria que é a quantificação da cor de uma amostra exposta à luz através do uso de uma série de filtros e fotodetectores. Assim, devido ao fato das interações tecnológicas apresentarem vantagens no processo de determinação das propriedades da madeira o objetivo deste trabalho consiste em comparar o uso da espectroscopia no infravermelho próximo com o uso do colorímetro na determinação das características de diferentes espécies de pinus. O material utilizado neste trabalho consiste em acículas de 9 diferentes espécies: Pinus clausa, P. glabra, P. insularis, P. oocarpa, P. palustris, P. pseudostrobus, P. rigida, P. roxburghii e P. serotina. As acículas foram secas e moídas. Do pó gerado obtiveram-se por espécie, 35 espectros de infravermelho próximo em equipamento Tensor 37 da Bruker, e 35 de colorimetria em espectofotômetro de cor CM-5 da Konica Minolta, num total de 315. As análises visuais dos espectros de infravermelho obtidos demonstraram que as nove espécies estão em curvas separadas, mas que em determinados pontos tendem a se agrupar, o que foi confirmado na análise de componentes principais, sendo estes grupos: 1) Pinus palustris; 2) P. rigida + insularis; 3) P. serotina + roxburghii + oocarpa; 4) P. glabra; 5) P. clausa; 6) P. pseudostrobus. Já com relação à colorimetria, aplicando uma análise de variação de médias de Tukey entre as espécies foi observado que a luminosidade (L) agrupa Pinus palustris e P. rigida, P. roxburghii e P. serotina, e a tonalidade vermelho-verde (a) agrupa P. oocarpa e P. palustris.As duas técnicas se mostram promissoras na discriminação das espécies de pinus através da análise das acículas, devendo ser efetuados tratamentos matemáticos nos dados para um aumento na precisão. A correta identificação das espécies resulta em adequada aplicação da madeira na indústria de base florestal, uma vez que a qualidade de cada uma depende de fatores intrínsecos às espécies.