FLUORESCÊNCIA NA MADEIRA DE QUATRO ESPÉCIES PERTENCENTES À FAMÍLIA MELIACEAE
Aluno de Iniciação Científica: Luani Rosa de Oliveira Piva (PET)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Silvana Nisgoski
Colaborador: Marina Stygar
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Fluorescência , Madeira , Meliaceae
Área de Conhecimento: 50204009 - TECNOLOGIA E UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS
Fluorescência é a capacidade de uma substância de emitir luz quando exposta a radiações do tipo ultravioleta (UV), raios catódicos ou raios X. Consiste na propriedade que algumas substâncias possuem de modificar o comprimento de onda da radiação luminosa que incide sobre ela, emitindo dessa forma, radiação com coloração diferente da que recebeu. Quando expostas a radiação de luz UV com comprimento de onda de 365 NM, algumas espécies florestais emitem fluorescência de diferentes cores. A diferença apresentada por espécies diferentes ocorre devido à heterogeneidade do componente na madeira, sendo característico para cada espécie. Este caráter se aplica somente à fluorescência que ocorre de forma natural e não à fluorescência associada com apodrecimento ou infecções patológicas. Graças a esse efeito, a utilização da espectroscopia de fluorescência tem sido sugerida como uma ferramenta importante para a identificação anatômica da madeira. O presente estudo foi realizado no Laboratório de Anatomia e Qualidade da Madeira da Universidade Federal do Paraná, entre os meses de março e junho de 2012. Teve como finalidade a análise da fluorescência da madeira de quatro espécies pertencentes à família Meliaceae: Melia azedarach (Cinamomo), Swietenia macrophylla (Mogno), Cedrela fissilis (Cedro) e Carapa guianensis (Andiroba), quando submetidas a tratamentos com diferentes corantes. Com microscópio de fluorescência Leica DFC300, observou-se diferenças anatômicas entre as espécies, quando coradas com Lugol e Sudam III. As principais alterações foram observadas nas células de parênquima da madeira, e evidenciadas nos cortes radial e transversal. Em todas as espécies, as células parenquimáticas, depois de coradas, adquiriram coloração marrom a vermelha escura, distinguindo-se quanto à sua maior ou menor tonalidade.