COMPARATIVO DAS ENERGIAS DE ATIVAÇÃO DA BIOMASSA DE PINUS SP. E EUCALYPTUS SP.

Aluno de Iniciação Científica: Emilin Joma da Silva (PET)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira
Orientador: Dra. Simone Ribeiro Morrone
Co-Orientador: Dr. Ivan Venson
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave:
Área de Conhecimento: 50204009 - TECNOLOGIA E UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS

O carvão vegetal é um subproduto florestal resultante da pirólise da madeira que possui elevada variabilidade de suas propriedades em virtude das características da árvore que lhe deu origem. Comparado aos combustíveis fósseis, o carvão vegetal não contém enxofre ou mercúrio e apresenta baixo conteúdo de nitrogênio e cinzas (ANTAL; 2005, MORTEN, 2003). A forma de biomassa mais utilizada é a lenha, cerca de 40% da produção energética primária no Brasil. A energia de ativação do carvão vegetal define o calor necessário para iniciar a queima. Objetivando avaliar o melhor gênero com o emprego de biomassa foram utilizados amostras de madeira de Pinus sp. e Eucalyptus sp, por serem os gêneros mais representativos devido à vasta área reflorestada com essas espécies. Com aproximadamente 2,2 à 3 mg de madeira moída, seguiu-se a análise termogravimétrica das amostras com taxas de aquecimento de 2.5, 5.0, 10.0, 15.0 e 18.0 ºC.min-1. A combustão foi realizada com fluxo de oxigênio e a variação de temperatura ocorreu entre 20ºC e 600ºC. Foi possível determinar a temperatura de pico para ativar o carvão a partir dos gráficos da conversão vs. temperatura e da derivada da massa em relação ao tempo vs. temperatura para cada taxa de aquecimento. O gráfico final indicou a energia de ativação para as duas espécies sendo que o Eucalyptus sp. apresentou 97,438 KJ/mol e o Pinus sp. ficou com 101,886 KJ/mol. O Eucalyptus sp. alcançou a energia final com maior velocidade mas forneceu calor por menos tempo, sua curva apresentou declínio durante a queima e forneceu menor quantidade de calor durante o processo. Já o Pinus sp. apresentou maior constância durante a queima e forneceu calor por um maior período de tempo. Tratando-se de grandes quantidades de biomassa, o tempo que o carvão fornece energia é primordial para manter calor e evitar perdas de temperatura que comprometem a eficiência e o tempo dos processos industriais.

 

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