OBTENÇÃO DE ESPECTROS NO INFRAVERMELHO PRÓXIMO E MÉDIO DO CARVÃO VEGETAL
Aluno de Iniciação Científica: ADRIANO EDIS FIORESE (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira
Orientador: Graciela Inés Bolzon de Muñiz
Co-Orientador: Silvana Nisgoski
Colaborador: Ramiro Faria França, Alexandre Melnic Bliharscki, Francielli Rodrigues Ribeiro Batista
Departamento: Engenharia e Tecnologia Florestal
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Identificação de espécies , Carvão , Infravermelho
Área de Conhecimento: 50204009 - TECNOLOGIA E UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS
A madeira é fonte importante de energia para o Brasil, representando 12,9 % do total de sua oferta, a mesma participação que a híbrica e a proveniente de cana-de-açúcar. Com esta demanda, e em função da redução na utilização do minério de ferro devido a aspectos ambientais e econômicos, ocorre um aumento do consumo de madeira nativa, muitas vezes sendo carbonizadas diferentes espécies, inclusive, em alguns casos, protegidas por lei e ameaçadas de extinção. Por este motivo foram carbonizadas e estudadas diferentes espécies florestais com problemas na identificação e agrupadas pela restrição de corte. Frente a essa abordagem, o presente trabalho de pesquisa teve como objetivo a análise de espectros no infravermelho próximo e médio obtidas do lenho carbonizado, com o intuito de discriminar o material de forma rápida e em campo. Foram estudadas as espécies Goupia glabra Aubl. (cupiúba), Vatairea guianensis Aubl. (angelim cascudo), Dipteryx odorata (Aubl.) Wild. (cumaru), Copaifera cf. langsdorffii Desf.(copaíba), oriundas da região de Nova Maringá no estado do Mato Grosso. A partir do lenho carbonizado destas amostras foram obtidos espectros no infravermelho próximo de 8 corpos de prova por espécie, em duplicata, nas faces transversais, radiais e tangenciais, num total de 50 espectros por espécie. O material foi então moído e foram coletados espectros em infravermelho médio, num total de 20 leituras por espécie. As leituras foram efetuadas em espectrofotômetro Tensor 37 da Bruker, em reflectância difusa, operando na faixa do infravermelho próximo entre 4000 a 10000 cm-1 e no médio de 400 a 4000 cm-1. Através da análise de componentes principais (PCA) dos dados originais foi possível a separação das espécies na espectroscopia no infravermelho médio (MIR), com a utilização de amostras em forma de pó, entretanto, não foi possível a diferenciação na espectroscopia no infravermelho próximo (NIR), com as amostras maciças. Recomenda-se o teste com diferentes tratamentos matemáticos dos dados originais para aumento da precisão e confirmação da viabilidade de aplicação da técnica para a discriminação das espécies em lenho carbonizado.