ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO COMPRIMENTO DE COPA NA RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA DE ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA (BERTOL.) KUNTZE EM UM FRAGMENTO FLORESTAL

Aluno de Iniciação Científica: Yuri Accioly (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Sebastião do Amaral Machado
Colaborador: Rodrigo Geroni Mendes Nascimento, Luís César Rodrigues da Silva, Claudia Carla Cardozo
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Comprimento de copa , Relação hipsométrica , Araucaria angustifolia
Área de Conhecimento: 50202049 - DENDROMETRIA E INVENTÁRIO FLORESTAL

No campo florestal uma das atividades de maior importância é o inventário, que segundo PÉLLICO NETTO & BRENA (1997) visa obter informações qualitativas e quantitativas dos recursos florestais existentes em uma área, sendo assim a base para o planejamento do uso desses recursos. O inventário florestal visa principalmente à determinação ou estimativa do volume total de madeira, através da medição do diâmetro e altura de todas as árvores ou parte delas.  O diâmetro a altura do peito (DAP) é uma variável rápida e precisa de se medir, enquanto a medição de altura, embora precisa, é demorada. A relação entre o diâmetro e a altura das árvores de um local em uma determinada data denomina-se curva hipsométrica, e é comum o seu uso para a estimativa de alturas de árvores que tiveram somente seu DAP medido, tornando assim o inventário mais barato. Vários são os fatores conhecidos que influenciam essa relação, como idade, sítio, tamanho da copa, densidade e espécie. Este trabalho tem como objetivo analisar se existe e em caso afirmativo, qual a influência do comprimento de copa na relação hipsométrica da Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, espécie nativa da flora brasileira, sendo mais conhecida como pinheiro do Paraná. A área de estudo consiste em um fragmento de floresta ombrófila mista de 15,2 ha, situado no Campus Jardim Botânico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR. Os dados usados na análise provêm de um censo realizado nesse fragmento nos anos de 2009 e 2010, onde foram medidas, marcadas, identificadas e georreferenciadas todas as árvores com DAP acima de 10 cm. As araucárias foram separadas em seis classes de comprimentos de copa, segundo o método de Sturges. Para o ajuste dos dados de altura de cada classe foram testados 8 modelos matemáticos, sendo ajustados modelos lineares e logarítmicos. Como critérios estatísticos para a escolha do melhor modelo foram utilizados a análise gráfica dos resíduos, o erro padrão da estimativa em porcentagem (Sxy%) e o índice de Schlaegel (IA). Pelo método dos valores ponderados, o modelo que se mostrou mais eficiente foi o de Trorey (1932), não apresentando distribuição tendenciosa de resíduos e, obtendo um menor Sxy% quando comparado ao ajuste dos dados não agrupados em classes. Conclusões obtidas através da análise de covariância (ANACOVA) também mostraram que o comprimento de copa exerce influência estatisticamente significativa sobre a relação hipsométrica do pinheiro do Paraná, sendo assim um recurso alternativo para ajustes de modelos hipsométricos.

 

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