ANÁLISE DA DINÂMICA COMERCIAL DO SETOR DE BASE FLORESTAL BRASILEIRO ENTRE 1999-2011
Aluno de Iniciação Científica: Marcel Kruk Jagnow (Pesquisa voluntária)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: João Carlos Garzel Leodoro da Silva
Colaborador: Thiago Ramos Costa (Mestrando/REUNI), Marcos Vinicius Cardoso (Mestrando/REUNI)
Departamento: Economia Rural e Extensão
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Market Share , Setor de Base Florestal , Competitividade
Área de Conhecimento: 50202014 - ECONOMIA FLORESTAL
Introdução - Apesar da extensa área de florestas nativas e da altíssima produtividade das florestas plantadas, o Brasil não apresenta competitividade no Setor de Base Florestal (SBF), possível e esperada, a nível mundial, exceto considerando o mercado celulose em particular. Em 2011, as exportações brasileiras do SBF atingiram o valor de US$ 9,54 bilhões, sendo responsável por apenas 1,90% do valor total das exportações do SBF mundial. Objetivos - Assim, esta pesquisa objetiva proporcionar uma análise da dinâmica do market share brasileiro de madeira sólida, celulose, papel e móveis, para apoiar o aumento da competitividade e por conseqüência da participação brasileira no mercado internacional. Métodos - Foram coletados dados referentes aos valores das exportações do Brasil no período de 1999 a 2011, por meio do banco de dados UNITED NATIONS COMMODITY TRADE STATISTICS DATABASE - UNCOMTRADE (2012). Os dados de valores são fornecidos em US$/FOB, e foram deflacionados pelo Consumer Price Index-CPI com base no ano de 2011, obtido no US Bureau of Labor Statistics (2011), obtendo-se assim os valores reais (sem inflação). Resultados - A balança (exportação – importação) do SBF brasileiro resultou em US$ 7,2 bilhões, sendo responsável por 24,2% da balança comercial brasileira no ano de 2011. Em 1999, o Brasil exportou em madeira sólida US$ 1.88 bilhão, concentrando 62,33% nos cinco principais parceiros. Atingiu, em 2004, o maior valor exportado, US$ 3.63 bilhões, logo apresentou uma queda, chegando, em 2011, com um valor exportado de US$ 1.90 bilhão, e uma concentração de 55,30% entre os cinco principais. Ou seja, neste ano, apresentou quase o mesmo valor do observado no início da série, porém com menor concentração nos principais mercados deste produto proveniente do Brasil. Já, em relação as exportações de celulose, o valor exporta em 1999 foi de US$ 1.68 bilhão com uma concentração de 67,12% nos cinco principais mercados, exportando, em 2011 US$ 5.00 bilhões (ano com maior valor de exportação) e concentração de 79,76%. No mercado de papel, as exportações somaram US$ 1.22 bilhão com concentração 58,49% nos cinco principais parceiros em 1999, atingindo um valor máximo de US$ 2.19 bilhões em 2011 com concentração de 46,79%. Por fim, no mercado de móveis de madeira, em 1999, o valor exportado foi de US$ 386 milhões com uma concentração de 83,11% nos cinco principais mercados, sendo que seu pico ocorreu no ano de 2004 com um valor de US$ 789.6 milhões, e em 2011 o valor exportado caiu para US$ 456.2 concentrando 60,52% nos cinco principais parceiros.