MÉTODOS DE CONTROLE DA REGENERAÇÃO NATURAL DE HOVENIA DULCIS  THUNB. – ESPÉCIE INVASORA NA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA

Aluno de Iniciação Científica: Lucas Carvalho Costa (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Industrial Madeireira
Orientador: Carlos Roberto Sanquetta
Co-Orientador: Ana Paula Dalla Corte
Colaborador: Francelo Mognon
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: espécie invasora , experimento , uva-do-japão
Área de Conhecimento: 50202006 - MANEJO FLORESTAL

Hovenia dulcis Thunb. tem invadido áreas de florestas, competindo e comprometendo a regeneração natural das espécies nativas nos seus ambientes naturais. Objetivou-se neste trabalho testar formas de controle da regeneração natural desta espécie. O experimento foi implantado na Estação Experimental Rudi Arno Seitz, em São João de Triunfo - PR, em dezembro de 2010 e avaliado em abril de 2012. A vegetação caracteriza-se como um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, onde ocorrem indivíduos adultos dessa espécie exótica. Instalaram-se parcelas próximas às árvores matrizes, locais com alta densidade de indivíduos em fase de regeneração. Foram implantadas 15 parcelas, de 4m² cada, sendo três tratamentos e cinco repetições em um delineamento inteiramente casualizado: T1 – Testemunha; T2 – corte na base e T3 – arranque com raiz. Para a avaliação do experimento classificou-se 3 grupos de indivíduos: arvoretas (altura > 1,30m), varas (entre 0,3m e 1,30m de altura) e plântulas (altura< 0,3m).  Avaliou-se o 3º grupo instalando-se parcelas de 0,25m². Das arvoretas mediram-se as CAPs (circunferência a 1,3m) e alturas. Das varas mediram-se as alturas e as plântulas foram contadas. Foram encontradas no T-1 4816 plântulas/4m² na implantação, sendo verificado 100% de mortalidade dos indivíduos na subsequente avaliação. Para as varas, eram 97 ind. na implantação, sendo verificados 23% de mortalidade na avaliação. Destes, 5 ind. do grupo das varas ingressaram na classe de arvoretas, que por sua vez eram 11 ind./4m² na implantação, o que corresponde a 45% de acréscimo no número de indivíduos na avaliação. No  T-2, haviam 2800 plântulas/4m² e verificou-se na avaliação uma redução em quantidade na ordem de 92%. Já para as varas, eram 68 varas/4m², havendo aumento na quantidade de indivíduos em 44%. Nas arvoretas, eram 38 ind./4m² e na avaliação verificou-se uma mortalidade de 53%. O T-3 indicou 2512 plântulas/4m², com 100% de mortalidade na avaliação. Para as varas, eram 70 ind./4m² , e na avaliação verificou-se 86% de mortalidade. Já no caso das arvoretas, na implantação eram 21 ind./4m², constatando-se 100% de mortalidade na avaliação. Verificou-se alta mortalidade de plântulas para os 3 tratamentos devido à intensa competição intraespecífica. Uma baixa sobrevivência de varas para o tratamento arrancar com raiz e alta quantidade de rebrota para o tratamento corte na base. Recomenda-se o monitoramento do experimento, a fim de confirmar as tendências dos resultados da aplicação dos tratamentos no controle da regeneração dessa espécie exótica invasora.

 

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