ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS ENDOFÍTICOS DE MUDAS DE EUCALYPTUS BENTHAMII VISANDO O CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS DE VIVEIRO 

Aluno de Iniciação Científica: Maíra Gomes Déscio de Almeida (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Ida Chapaval Pimentel
Co-Orientador: Celso Garcia Auer; Patricia R. Dalzoto
Colaborador: José Antonio Sbravatti Junior
Departamento: Patologia Básica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Fungos , Botrytis cinerea , Produção florestal
Área de Conhecimento: 50201085 - PROTEÇÃO FLORESTAL

A espécie Eucalyptus benthamii é uma das principais espécies de eucalipto plantadas na região sul do Brasil, por sua maior resistência à geadas e, por seu uso na produção florestal (energia). Na produção de mudas, uma das principais doenças ocorrentes em viveiros é o mofo-cinzento, causado pelo fungo Botrytis cinerea. Uma das alternativas para o controle dessa doença é o controle biológico com fungos endofíticos, os quais podem competir com os patógenos na filosfera de mudas de eucalipto. O objetivo deste trabalho foi isolar os fungos endofíticos provenientes de mudas de E. benthamii, identificá-los e, selecioná-los para o controle do B. cinerea. Estes foram isolados do interior de tecidos vegetais desinfectados, provenientes de mudas com 3 meses de idade coletadas de um viveiro comercial no município de Guarapuava (PR) e, identificados de acordo com critérios macro e micromorfológicos. Para a seleção dos endofíticos com potencial de controle, os testes foram realizados em duas etapas, testes de controle biológico in vitro e in vivo. Os resultados do primeiro teste, que consistiram no pareamento entre os fungos endofíticos e o patógeno em questão, evidenciaram o potencial antagonista dos fungos Aspergillus sp., Penicillium sp. e Trichoderma sp. através de seus percentuais de inibição, classificando-os para a próxima etapa denominada também de teste de eficiência. Esta, consistiu na inoculação de uma suspensão de esporos dos fungos selecionados a determinadas concentrações, e posteriormente a inoculação do patógeno sob diferentes doses e tempos de reinfecção, comparando sua eficiência com o fungicida Rovral®. As mudas foram incubadas em câmara úmida a 25 ± 1º C, dentro de estufas comercias por 21 dias. Avaliou-se a colonização do patógeno na parte aérea da muda em uma escala que varia de 0 (sem sintoma) a 4 (morte da muda). Os resultados evidenciaram uma diferença significativa entre os tratamentos, sendo a aplicação do fungicida a melhor forma de inibir o desenvolvimento do patógeno, seguido dos endofíticos Aspergillus sp e Penicillium sp. 

 

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