COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE PERIGO DE INCÊNDIOS (FMA) ENTRE OS MUNICÍPIOS DE LONDRINA, TELÊMACO BORBA E PALMAS – PR, NO PERÍODO DE 2010 A 2100

Aluno de Iniciação Científica: Igor Kiyoshi Takashina (Outro)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Antonio Carlos Batista
Co-Orientador: Alexandre França Tetto
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Proteção Florestal , Prevenção de Incêndios Florestais , Variação Climática
Área de Conhecimento: 50201085 - PROTEÇÃO FLORESTAL

O índice de perigo de incêndios é um instrumento de planejamento das atividades de prevenção e combate aos incêndios, minimizando custos e danos às áreas florestais. No Brasil, o índice de perigo de incêndios mais utilizado é a Fórmula de Monte Alegre (FMA), proposta por Soares. Esse índice é cumulativo e utiliza como variáveis a umidade relativa do ar, de forma direta, e a precipitação pluviométrica, como fator restritivo ao cálculo. O objetivo desse trabalho foi comparar o número de dias nas classes de perigo de incêndios entre os municípios de Londrina (Cfa de acordo com Köppen), Telêmaco Borba (Cfa/Cfb) e Palmas (Cfb), no período de 2010 a 2100, em intervalos de 10 anos. Foram consideradas as classes de perigo "nulo" e "pequeno" (como não ocorrência de incêndios) e as classes "médio", "alto" e "muito alto" (como ocorrência de incêndios). Para isso, foram utilizados os dados meteorológicos do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), no período de 1980 a 2009. Inicialmente, foi necessário estimar a umidade relativa para às 13 horas, através da seguinte equação: UR13 = 2,45151.UR150,796072, para aplicação na fórmula. Posteriormente, utilizando o programa PGECLIMA_R, desenvolvido na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foi realizada uma simulação estocástica da temperatura e da precipitação pluviométrica entre 2010 e 2100. Para análise, foram considerados dois cenários divulgados no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas: i) melhor cenário - aumento de 1,8 ºC na temperatura média da Terra até 2100; e ii) pior cenário - acréscimo de 4,0 ºC na temperatura média da Terra até 2100. Os resultados mostraram não haver diferença estatística entre o melhor e pior cenários, para os municípios analisados. No pior cenário, o município de Londrina apresentou uma média de 257 dias/ano de ocorrência de incêndios, seguido por Telêmaco Borba com 238 dia/ano e por Palmas com 224 dias/ano. O maior número de dias de ocorrência está relacionado com as variáveis meteorológicas e, consequentemente com a classificação climática de Köppen.

 

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