POLINIZAÇÃO CONTROLADA DE ACACIA MEARNSII DE WILLD

Aluno de Iniciação Científica: Melrian Schetz (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Antonio Rioyei Higa
Colaborador: Ecléia Alexandra Poltronieri Buda Salles
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Polinização controlada , Acacia mearnsii , Melhoramento genético
Área de Conhecimento: 50201034 - GENÉTICA E MELHORAMENTO FLORESTAL

Acacia mearnsii De Wild., conhecida popularmente como acácia negra, com distribuição natural na Tasmânia e nas regiões sul da Austrália (BOLAND et al., 2006), tem sido amplamente plantada em várias regiões do mundo. No Brasil, a área de plantio do gênero acácia é superior a 146.000 ha (ABRAF, 2012). Embora tenha se destacado no setor florestal, restrições genéticas aliadas à baixa qualidade das sementes têm sido os fatores de maior limitação da produtividade na espécie (STIEHL-ALVES & MARTINS, 2008). Os programas de melhoramento genético são importantes para a melhoria da qualidade e aumento da produção. Uma das ferramentas utilizadas no melhoramento genético é a polinização controlada para produzir sementes de matrizes selecionadas. Com o objetivo de realizar a polinização controlada de Acacia mearnsii, foi montado dois testes. No primeiro, realizada na Universidade Federal do Paraná, campus Jardim Botânico, demarcou-se três árvores matrizes e isolou, com tripa celulósica, três racemos em cada matriz. As inflorescências que estavam apresentando características de receptividade foram polinizadas. A técnica utilizada foi de pólen mix, ou seja, uma mistura de pólen coletado de várias matrizes. Os dois tratamentos foram: (T1) pólen seco a 25 ± 2°C, por 24 horas, (T2) pólen recém coletado (pólen fresco) e testemunha que não recebeu pólen externo. Assim que as inflorescências apresentaram senescência foi retirado o isolamento e acompanhado para observar a formação de frutos. Estes somente se formaram no tratamento pólen seco. Nos racemos onde foi usado pólen fresco não houve formação de vagens, talvez pela dificuldade da políade em chegar a um estigma receptivo, dada quantidade de inflorescências presentes nos racemos isolados. Todos os racemos protegidos e que serviram de testemunha, não formou nenhuma vagem. Possivelmente a espécie tem mecanismo para evitar a autofecundação. No segundo experimento, testou-se a viabilidade de fazer o cruzamento com o pólen fresco e comprovar a possibilidade de autofecundação. Foram isoladas mil inflorescências, em plantio clonal existente em Bagé, RS, pertencente à empresa TANAC. Foram cruzados cinco clones, com 40 inflorescências isoladas para cada cruzamento, totalizando 200 cruzamentos por clone. O delineamento usado foi dialélico completo. Será avaliada a Capacidade Geral de Combinação e a Capacidade Específica de Combinação dos clones, através do número de vagens formadas por cruzamento.

 

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