INFLUÊNCIA DO DESBASTE NO INCREMENTO ANUAL EM DIÂMETRO DE PINUS TAEDA L. PARA DIFERENTES ALTURAS, IDADES E CLASSES SOCIOLÓGICAS

Aluno de Iniciação Científica: Daniel Strozzi Soares (IC-Voluntária)
Curso: Engenharia Florestal
Orientador: Antonio Rioyei Higa
Co-Orientador: Mário Dobner Junior
Colaborador: Paulo André Trazzi, Lucas Toniolo Junior
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: crescimento diamétrico , desbaste , forma do tronco
Área de Conhecimento: 50201034 - GENÉTICA E MELHORAMENTO FLORESTAL

A área plantada com florestas no Brasil em 2011 totalizava 6,5 milhões de hectares, dos quais 25,2 % eram ocupados pelo gênero Pinus. Da área reflorestada com este gênero, 83 % (1,36 milhões de ha) estão localizados na região Sul do Brasil. Intervenções silviculturais, principalmente o desbaste, tornam possíveis o controle da produção e da qualidade dos produtos provenientes de povoamentos florestais. Um melhor entendimento das mudanças causadas por estas intervenções nas árvores subsidia o planejamento e a utilização racional da produção. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência de desbastes no incremento anual em diâmetro de Pinus taeda para três diferentes alturas, classes sociológicas e idades. O povoamento, do qual as árvores com 30 anos de idade foram retiradas, estava localizado no município de Campo Belo do Sul - SC. Os indivíduos selecionados constituiram um grupo de 18 árvores: seis suprimidas, seis intermediárias e seis dominantes, das quais foram retirados discos de seção transversal à 1,3m de altura (DAP) e às alturas relativas de 25 e 50 % da altura comercial. Os desbastes foram realizados nas idades de 5, 7, 10 e 13 anos. Foram analisados os incrementos diamétricos anuais absolutos (IDA) e relativos (IDR) nas diferentes alturas, classes sociológicas e idades. O IDR foi obtido com a divisão do incremento diamétrico absoluto do ano corrente, pelo incremento do ano imediatamente anterior. Após comprovação da homogeneidade das variâncias, realizou-se ANOVA e teste de Tukey, quando necessário. Constatou-se que o IDA25% foi estatisticamente superior ao IDADAP apenas do sétimo ao nono ano, embora o primeiro tenha sido numericamente superior em todos os anos avaliados, com exceção do sexto. Para todas intervenções e alturas avaliadas, verificou-se redução de incremento relativo no ano de sua execução, seguido de aumento no ano imediatamente após cada desbaste. Semelhantemente ao observado para o IDA25%, o IDR25% foi predominantemente superior ao IDRDAP, exceto no primeiro ano após os desbates, nos quais o IDR25% foi superado pelo IDRDAP, voltando à condição anterior no ano seguinte. Com relação às diferentes classes sociológicas, verificou-se que o IDADAP apresentou diferenças significativas somente a partir do sexto ano entre as diferentes classes, sendo intensificadas a cada realização de desbaste. Conclui-se que o crescimento diamétrico das árvores é concentrado na base do fuste no período de até dois anos após a intervenção. Árvores suprimidas e intermediárias são positivamente e mais intensamente afetadas pelos desbastes.

 

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