PADRÕES DE OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES FLORESTAIS DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E DIFERENTES DECLIVIDADES

Aluno de Iniciação Científica: Gabriel Model dos Passos (Outro)
Curso: Engenharia Cartográfica e de Agrimensura
Orientador: Ana Paula Dalla Corte
Co-Orientador: Carlos Roberto Sanquetta
Colaborador: Felipe Dallagnol
Departamento: Ciências Florestais
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Ocorrencia , Declividade , Ombrófila
Área de Conhecimento: 50200003 - RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL

O Brasil é reconhecido por possuir uma grande diversidade biológica. Para que se possa garantir sua conservação é importante o conhecimento do funcionamento e da sua dinâmica. Alguns estudos científicos já constataram que o gradiente florístico relaciona-se com condições hídricas e fatores edáficos, associados à declividade e à topografia. O objetivo deste trabalho foi de avaliar padrões de ocorrência de espécies florestais da Floresta Ombrófila Mista em áreas de preservação permanente (APP) e diferentes declividades. Para tanto, foram utilizados dados de um experimento de 25 hectares localizado na Flona de Irati,Estado do Paraná. As informações do inventário florestal observadas foram do ano de 2005 e a ocorrência das espécies está associada a um mapa digital com o posicionamento das mesmas dentro da área total. Foram selecionadas 12 espécies para esta avaliação sendo elas: Araucária, Açoita-cavalo, Bracatinga, Caingá, Canela-amarela, Canela-branca, Canela-imbuia, Canela-preta, Carne-de-vaca, Erva-mate, Imbuiá, Miguel-pintado. Realizou-se a delimitação das áreas de preservação permanentes (APP), bem como a construção do mapa de declividade com 4 classes distintas, sendo: classe 1 (0-2°), classe 2 (2,1-4°), classe 3 (4,1-6°) e classe 4 (6,1-8°). Observou-se que as espécies açoita cavalo, caingá e canela-preta ocorrem somente fora de áreas de APP (100%). As espécies canela-amarela (81,4%), canela-imbuia (72,7%) e carne-de-vaca (84,8%) tiveram predomínio de indivíduos em áreas fora de APP. Já as espécies bracatinga (98,3%) e imbuia (72,2%) tiveram ocorrência predominante em áreas de APP. Para as demais espécies não se observou tendências. Em relação às classes de declividade, percebeu-se que elas não possuem grande variação. Possivelmente por este fato, não ocorreram tendências marcantes para as espécies. Os indivíduos de bracatinga foram observados principalmente nas declividades de 4,1-6° (63,5%). Os indivíduos de caingá foram observando principalmente em até 4º (85,7%). Os indivíduos de canela-branca foram observando principalmente acima de 4,1° (78,6%). Para a canela-preta ocorreram entre 2 e 6º (83,4%). Embora as variações nesta área sejam pequenas, percebe-se que há potencial na utilização destes fatores para agrupamentos ecológicos.

 

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