Aluno de Iniciação Científica: Lucas Dagostin (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Luiz Antônio Biasi
Co-Orientador: Martha Lucia Pena Pena
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Miniestaquia , Pitangueira , ácido indolbutírico
Área de Conhecimento: 50103040 - PRODUÇÃO DE MUDAS
A pitanga, fruto da pitangueira (Eugenia uniflora L.), espécie nativa brasileira, que pertence à família Myrtaceae, pode ser consumido in natura ou então usado na confecção de produtos farmacêuticos e medicinais. Por sua capacidade de atrair a fauna, a pitangueira também é muito utilizada em sistemas agroecológicos. A propagação vegetativa possibilita a produção de mudas com características da planta matriz, permitindo populações de plantas homogêneas. A estaquia é um dos principais métodos utilizados na propagação de plantas frutíferas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o enraizamento de estacas herbáceas de pitangueira, coletadas no minijardim seminal e tratadas com diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB). Para isso o minijardim foi instalado em casa de vegetação no dia 31/05/2011. A primeira poda para instalar a miniestaquia foi realizada no mês de agosto e a segunda no mês de setembro de 2011. Para ser considerada apta a ser podada, as brotações deveriam ter, no mínimo, 4 cm de comprimento. Logo após a poda, as miniestacas passaram pela confecção, deixando-se um par de folhas inteiras e um par de folhas reduzidas pela metade, e foram plantadas em tubetes contendo vermiculita. Com o intuito de observar se o uso de ácido indolbutírico (AIB), um regulador vegetal, aumentaria o enraizamento, as estacas foram submetidas a quatro tratamentos com diferentes concentrações de AIB (0, 1000, 2000, e 4000 mg L-1) em um delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições de vinte miniestacas por parcela. Para a obtenção de resultados, após 120 dias do plantio, foram avaliadas algumas variáveis: porcentagem de miniestacas enraizadas, com calo, vivas, mortas, com brotações e retenção foliar, número e comprimento das raízes e massa seca da raiz. Apenas na segunda miniestaquia (mês de setembro), a porcentagem de retenção de folhas foi estatisticamente diferente entre os tratamentos, sendo que a testemunha obteve 96,7% e o tratamento com 4000 mg L-1 manteve 80,9% das folhas, em média. Para as demais variáveis não houve efeito significativo das concentrações de AIB testadas. A média geral de enraizamento nas duas miniestaquias foi de 97,2% e 86,3% respectivamente. Sendo que a porcentagem de miniestacas que não enraizaram ou morreram foi de 2,8% na primeira miniestaquia e 13,7% na segunda. Isso mostra que, a miniestaquia apresenta-se como uma solução para a propagação vegetativa de pitangueira e o uso de AIB para estimular o enraizamento é dispensável.