COMPORTAMENTO FENOLÓGICO DE DIFERENTES CULTIVARES DE UVAS RÚSTICAS EM CAMPO LARGO-PR
Aluno de Iniciação Científica: João Guilherme Fowler (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Luiz Antonio Biasi
Co-Orientador: Luciane Bertoletti Barros
Colaborador: Gislâine Margoti
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Vitis labrusca , fenologia , viticultura
Área de Conhecimento: 50103016 - MANEJO E TRATOS CULTURAIS
A Região Metropolitana de Curitiba é tradicional no cultivo da videira, especialmente cultivares americanas, destinadas à vinho e suco. Hoje, a baixa diversidade exige a introdução e avaliação de novas cultivares, buscando ampliar o período de colheita e produtividade. Este trabalho avaliou o comportamento fenológico das cultivares copa de videira Concord, Bordô, BRS Carmen e BRS Rúbea, quando enxertadas no porta-enxerto 1103 Paulsen, em Campo Largo-PR. O parreiral foi instalado em 2008, com o plantio de estacas do porta-enxerto 1103 Paulsen sobre as quais, em 2009, foram enxertadas as cultivares copa, pelo método da garfagem lenhosa. Implantadas em camalhões, as videiras foram espaçadas em 2,5 x 4 metros e conduzidas em cordão esporonado duplo, em sistema de semi-latada em T. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 4 repetições e 4 plantas/parcela. No ciclo 2011/2012, avaliações quinzenais atribuindo notas relativas ao estádio fenológico das 4 gemas seguintes ao ramo produtivo marcado foram realizadas de 01/09/2011 à 13/04/2012. O ciclo fenológico foi dividido em 13 fases, sendo elas, em devida ordem: gema inchada, gema algodão, brotação, aparecimento da inflorescência, inflorescência desenvolvida, início do florescimento, 50% das flores abertas, frutificação, grãos "chumbinho", grãos "ervilha", início da compactação do cacho, início da maturação e colheita. Ao final das análises, a cultivar BRS Carmen mostrou ser a mais tardia, com 204 dias de ciclo, seguida pela cultivar BRS Rúbea, com 190 dias. As cultivares Concord e Bordô não diferiram significativamente e completaram seus ciclos em, respectivamente, 160 e 159 dias. Quanto à brotação, houve diferença significativa entre as cultivares BRS Carmen e BRS Rúbea, que precisaram de respectivos 24 e 17 dias para atingir o estádio de brotação. As cultivares Concord e Bordô iniciaram o ciclo em datas diferentes, mas, ambas necessitaram apenas 14 dias para atingir tal estádio. Quanto à colheita, relatou-se que Concord e Bordô, apesar de serem precoces, tiveram um amadurecimento heterogêneo dos cachos. Tais cultivares precisaram de 6 e 7 dias, respectivamente, para que todos os cachos atingissem ºBRIX compatíveis com o estádio de colheita. Para BRS Carmen e BRS Rúbea, a colheita de todos os cachos foi realizada no mesmo dia, demonstrando homogeneidade na maturação das plantas. Também foi observado que a partir do estádio de inflorescência desenvolvida até a frutificação, as 4 cultivares diferiram significativamente, sendo que BRS Carmen apresentou a maior média de dias de duração dos ciclos.