GERMINAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE PLANTAS NATIVAS COM POTENCIAL ORNAMENTAL

Aluno de Iniciação Científica: Michelle Cristine Rodrigues (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Francine Lorena Cuquel
Co-Orientador: Mariana Grassi Noya
Colaborador: Grasiela Bruzamarello Tognon
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Viabilidade , Potencial de conservação , Paisagismo
Área de Conhecimento: 50103008 - FITOTECNIA

Conhecido pela sua rica diversidade, o Brasil possui um grande leque de plantas nativas e muitas dessas possuem potencial ornamental ainda não explorado. Em contra partida, o que se encontra a venda em floriculturas e exposto nos jardins brasileiros não é nativo. Dessa forma, o uso das espécies exóticas se tornou um hábito dos paisagistas nacionais devido à pequena oferta de espécies nativas no setor, isso se deve principalmente a falta de informações sobre o cultivo destas espécies que são capazes de embelezar e diversificar os jardins. Ainda, o uso indiscriminado de espécies exóticas tem como resultado a disseminação destas plantas que competem por espaço com as espécies nativas, tendo como consequência a extinção das plantas de seus ecossistemas de origem. As espécies: Ageratum conyzoides, Hypericum brasiliense e Sesbania punicea são nativas e possuem potencial ornamental. Em vista disso objetivou-se avaliar a germinação de sementes dessas espécies em condições de diferentes temperaturas e armazenamento. Para o estudo de germinação, foram testadas as temperaturas 20°C, 25°C e 30°C (presença de luz) para A. conyzoides e H. brasiliense, com quatro repetições de 50 sementes, mantidas em caixas plásticas transparentes (11,0 x 11,0 x 3,5 cm), em germinador do tipo Mangelsdorf. Para a S. punicea, foram realizadas quatro repetições de 25 sementes dentro dos tratamentos: em caixas plásticas na presença de luz à temperatura de 15°C em estufa BOD; em caixas plásticas na presença de luz e em rolo de papel na ausência de luz nas temperaturas de 20°C, 25°C e 30°C. Para o armazenamento, foram utilizadas duas embalagens (papel do tipo Kraft e polietileno), mantidas a 5°C e 18°C, por um período de 30 dias. Pelos resultados obtidos, foi observado que a maior porcentagem de germinação de A. conyzoides ocorreu na temperatura de 20°C com 54%, e para H. brasiliense ocorreuna temperatura de 25°C com 21%, ambas em presença de luz.  Para a espécie S. punicea o máximo de germinação alcançada foi 16% em 30°C na presença de luz dentro de caixas plásticas. Quanto ao armazenamento, os valores obtidos mostraram que, para um período de armazenamento de 30 dias, a espécie A. conyzoides permaneceu com a mesma viabilidade. Em H. brasiliense houve acréscimo de 23% na germinação após 30 dias de armazenamento. As sementes de S. punicea não apresentaram aumento na porcentagem de germinação após armazenamento.

 

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