ESTUDO DE METODOLOGIAS PARA BIOENSAIOS DE SELETIVIDADE AO ÁCARO PREDADOR NEOSEIULUS CALIFORNICUS (MC GREGOR) (ACARI: PHYTOSEIIDAE)
Aluno de Iniciação Científica: Marcel Diniz Klemba (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Lino Bittencourt Monteiro
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Neoseiulus californicus (McGregor) , Seletividade , Inseticidas
Área de Conhecimento: 50102028 - ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA
A produção de alimentos deve ocorrer com menos agroquímicos e sem agredir o meio ambiente. Os estudos para minimizar o uso de produtos químicos são apoiados pela sociedade, criando métodos de menor impacto ambiental, como o controle biológico. Para ter sucesso nesta metodologia de controle, é necessário definir os agroquímicos seletivos aos inimigos naturais. O ácaro Neoseiulus californicus (McGregor) é reconhecido como um excelente predador de ácaros fitófagos tetraniquídeos Panonychus ulmi (Koch) e Tetranychus urticae Koch, ácaros na cultura da macieira. Esse trabalho teve como finalidade testar inseticidas usualmente utilizados na cultura da macieira avaliando a seletividade ao predador, no laboratório de Manejo Integrado de Pragas (LAMIP) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Empregou-se o método residual da pulverização em superfície de vidro, recomendado pela IOBC /WPRS, sendo que, para aplicação do produto, foi utilizada torre de Potter e avaliadoo efeito total ou adverso (E%) do produto, em avaliações diárias durante oito dias. As metodologias empregadas para os bioensaios foram: a) teste pulverização em vidro (lamínulas de 20x20 mm) sobre caixa de polietileno; b) teste pulverização em plástico (polipropileno) sobre caixa de polietileno; c) teste pulverização em plástico (placas de raios-X) sobre placa de Petri; d) teste pulverização em plástico (polipropileno) sobre copo. Ocorreu dificuldade em manter o ácaro sobre as placas de plástico ou vidro em todas as metodologias, além disso, a mortalidade foi superior a 20% na testemunha, inviabilizando a conclusão dos testes. Os testes a, b e c não mostraram resultados significativos em função da fuga dos ácaros, morrendo no algodão que serve de barreira natural contra a fuga. No teste d foram utilizados copos separando cada repetição contra a fuga. Mechas de algodão foram colocadas para simular um abrigo nas metodologias c e d, enquanto que na a e b não foram colocados. As mechas são hidrófilas, assim absorveram água, inundando a superfície de aplicação dos produtos e suporte para os ácaros ocorrendo o afogamento do predador. O pólen de mamona (Ricinus communis) foi ofertado para o teste a e b, enquanto que nos testes c e d foi ofertado ácaro rajado Tetranychus urticae (Koch), nenhum das fontes de alimento foi satisfatório nas condições experimentais. Nas condições do bioensaio conclui-se a ineficiências dos métodos não obtendo resultados suficientes para a conclusão em cada metodologia.