AÇÃO FUNGITÓXICA DE EXTRATOS VEGETAIS DE PINHÃO MANSO SOBRE O CRESCIMENTO MICELIAL DE FUSARIUM GRAMINEARUM SCHW

Aluno de Iniciação Científica: Jessica Fernanda Barazetti (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Tecnologia em Biotecnologia - Palotina
Orientador: Patricia da Costa Zonetti
Co-Orientador: Roberta Paulert
Colaborador: Tharyn Reichel
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: fitopatologia , ação antifúngica , fitotoxicidade
Área de Conhecimento: 50102010 - FITOPATOLOGIA

Estudos científicos têm mostrado um grande potencial dos compostos secundários oriundos de extratos vegetais e de óleos essenciais para o controle alternativo de doenças em plantas. O fungo fitopatogênico Fusarium graminearum Schw. acomete a cultura do trigo promovendo significativa redução da produtividade e afetando a qualidade dos grãos. Como o uso de defensivos químicos não tem apresentado muito resultado no controle desta doença e buscando uma medida agroecológica, este trabalho teve o objetivo de avaliar a ação antifúngica de extratos da folha de pinhão manso sobre F. graminearum. Foram realizadas extrações aquosas e alcoólicas das folhas secas. Os extratos foram preparados na concentração de 1 g de folha em 20 mL de solvente. O extrato bruto aquoso foi autoclavado. Em câmara de fluxo laminar, os extratos brutos foram diluídos e obtidas as proporções de 1, 5, 10 e 15%. Os diferentes extratos constituindo os tratamentos foram adicionados e homogeneizados em meio de cultura BDA previamente preparados. Placas contendo somente meio de cultura BDA foram usadas como controle. Todos os tratamentos e o controle foram repetidos quatro vezes. A partir de colônias crescidas a 26°C por sete dias em meio de cultura BDA, foram retirados discos de 9 mm de diâmetro com auxílio de furador de metal. Estes foram transferidos para o centro das placas de Petri nos diferentes tratamentos. O ensaio permaneceu em estufa a 26° C durante 10 dias. Foi analisado o crescimento do micélio, medido através do diâmetro da colônia com auxilio de uma régua, e expresso em mm. As medições foram realizadas ao 4º e 10º dia. Os resultados foram submetidos à análise de variância. As diferenças entre os tratamentos e o controle foram avaliadas por teste de Dunnett (p=0,05). A interação entre os fatores tipo de extração e concentração foi significativa. Para comparar as médias entre tipo de extração foi realizado o teste de Tukey (p=0,05) e para avaliar concentração foi realizado análise de regressão. Nas duas avaliações (4º e 10º dia) os extratos na proporção de 10 e 15% influenciaram no desenvolvimento micelial em comparação ao controle. O extrato aquoso promoveu incremento no diâmetro da colônia fúngica enquanto que o extrato alcoólico inibiu o crescimento nestas concentrações. As diferentes concentrações a partir do extrato aquoso promoveram um crescimento linear na colônia. Na extração alcoólica o comportamento foi de uma regressão quadrática, evidenciando redução no crescimento do fungo com o aumento das concentrações. O extrato alcoólico mostrou-se efetivo na ação antifúngica.

 

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