CICLAGEM DE FITOMASSA E BIOELEMENTOS EM FLORESTAS SECUNDÁRIAS DA MATA ATLÂNTICA, ANTONINA, PR

Aluno de Iniciação Científica: Felipe Youssef Abboud (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Renato Marques
Colaborador: Bárbara Sloboda, João Lucas Pinatto
Departamento: Solos e Engenharia Agrícola
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: ciclagem , serapilheira , nutrientes
Área de Conhecimento: 50102010 - FITOPATOLOGIA

A deposição de serapilheira representa um dos principais fluxos associados à ciclagem de nutrientes em florestas e sua caracterização ajuda na compreensão do funcionamento biogeoquímico das florestas. Estudos desta natureza são ainda necessários considerando-se a imensa diversidade florística existente na Mata Atlântica e a pequena quantidade de trabalhos sobre o assunto. São pesquisas que visam subsidiar ações de proteção, conservação e mesmo de manejo sustentável das florestas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de serapilheira em uma área de Floresta Ombrófila Densa Submontana, na Mata Atlântica, localizada na Reserva Natural do Rio Cachoeira, em Antonina, Paraná. Foi selecionada 1 parcela de 1 ha de floresta Madura, que nunca foi submetida ao corte raso. Nela foram instalados 25 coletores de serapilheira, cada coletor possuindo dimensões de 1x1 m com quatro pés de 50cm de altura. Foram realizadas coletas mensais de outubro de 2009 até setembro de 2010. Este material coletado foi triado em cinco diferentes frações: folhas de espécies selecionadas (Fsp); folhas diversas (FD); ramos (RM); flores, frutos e sementes (FFS) e restos (R). Ao final desse processo, o material triado foi seco em estufa a 65°C e pesado para quantificação da fitomassa de cada fração. A produção anual total de serapilheira foi de 8,5 Mg/ha e a produção mensal média foi de 706 kg/ha, com contribuição de 68% do total de folhas (F= Fsp + FD), 14% dos restos (R), 14% dos ramos (RM) e 4% de FFS. Dentro da fração folhas de espécies selecionadas, 4 espécies tiveram maior representatividade no total de folhas, Alchornea sp. (tapiá - 5,4%), Ocotea catharinensis (canela preta - 5,3%), Hyeronima alchorneoides (urucurana - 5,4%) e Brosimum lactascens (guarapicica lisa - 5,1%). Os períodos de maior deposição de serapilheira ocorreram na Primavera e Verão. Os tratamentos RM, R e FFS não diferiram estatisticamente entre si quanto à deposição média de fitomassa, mas o tratamento Folhas (F) mostrou maior deposição quando comparado com os outros tratamentos. As análises químicas ainda não foram realizadas, devendo isto ocorrer no segundo semestre de 2012.

 

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