DETECÇÃO DE FUNGOS EM RAMOS DE PESSEGUEIROS DE 11 CULTIVARES EM SISTEMA ORGÂNICO E CONVENCIONAL

Aluno de Iniciação Científica: Fernando Ramos Franco (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Louise Larissa May De Mio
Co-Orientador: Giselda Alves
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Prunus persica , sobrevivência , cultivares
Área de Conhecimento: 50102010 - FITOPATOLOGIA

O pessegueiro pode ser afetado por diversos patógenos, que em sua grande maioria sobrevivem na própria planta causando danos que podem comprometer a produção ou inviabilizar o cultivo dessa fruteira. O objetivo deste trabalho foi avaliar a sobrevivência de fungos que sobrevivem nos ramos de cultivares pessegueiro. Foram coletados ramos com aproximadamente 20 cm das cultivares Aurora 1, Chimarrita, Chiripá, Coral, Eldorado, Granada Leonense, Maciel, Marli, Premier, Vanguarda de um pomar convencional localizado na Lapa/PR (safra 2010/11) e de um pomar orgânico (safra 2011/12) localizado em Curitiba/PR, no início do período vegetativo. Foram avaliados 10 e 5 ramos na primeira e segunda safra, respectivamente. No laboratório foram eliminadas as folhas e as extremidades dos ramos e em seguida foram colocados em câmara úmida e mantidos por 15 dias a 25 ± 2 ºC. Todos os dias eram adicionados 10 ml de água esterilizada nas bandejas, contendo ramos, para manter a umidade e facilitar o desenvolvimento dos patógenos existentes no segmento de ramo. Após este período, para a identificação do patógeno em cada ramo utilizou-se inicialmente microscópio estereoscópico (20x), e em seguida microscópio ótico. Nos dois pomares foram constatados os fungos: Tranzschelia discolor, Wilsonomyces carpophilus,  Colletotrichum  sp e Monilinia fructicola. Entre esses Tranzschelia discolor e Monilinia fructicola  são os principais fungos causadores de danos em pomares de pessegueiro.O fungo T. discolor, agente causal da ferrugem do pessegueiro, foi verificado em todas as cultivares com incidência variando entre 17 (Vanguarda) e 57% (Coral) no pomar convencional e 20 (Eldorado e Maciel) e 80% (Chimarrita) no pomar orgânico.  O fungo M. fructicola, agente causal da podridão parda, foi verificado no pomar convencional nas cultivares Chimarrita (7%), Eldorado (10%) e Marli (2%) e no pomar orgânico a maior incidência foi das cultivares Marli e Chiripá (40%).  O fungo W. carpophilus, causador do furo de bala,  a incidência variou de 0 a 13% no pomar orgânico e 0 a 60% no convencional, sendo que a cultivar Chiripá atingiu o máximo nos dois pomares. A antracnose, causada por Colletotrichum  sp,  a maior incidência foi nas cultivares Chiripá e Marli (10%) no pomar convencional enquanto que no pomar orgânico foi nas cultivares Coral e Aurora 1 (40%). Além dos principais patógenos, foram encontrados os seguintes fungos: Cladosporium sp, Alternaria sp, Pestalotia sp,  Fusarium sp, Phomopsis sp, Penicilium sp, Botryosphaeria sp, Aspergillus sp, Fusicocum sp e Trichotecium roseum.

 

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