TOLERÂNCIA AO MÍLDIO DE DIFERENTES CULTIVARES DE VIDEIRA EM CAMPO LARGO, PR

Aluno de Iniciação Científica: Gislâine Margoti (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Agronomia
Orientador: Luiz Antonio Biasi
Co-Orientador: Luciane Bertoletti Barros
Colaborador: João Guilherme Fowler
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Plasmopara viticola , doenças fúngicas , uvas americanas
Área de Conhecimento: 50102001 - FITOSSANIDADE

Campo Largo tradicionalmente trabalha com uvas americanas destinadas à sucos e vinhos, motivados pela demanda das indústrias vinícolas da região. As doenças fúngicas são um dos principais entraves para a produção qualitativa e quantitativa da uva, podendo causar um gasto de até 30% do custo de produção. Devido a baixa diversidade de cultivares e a carência de estudos e tecnologias referentes a região, buscou-se identificar o comportamento fitossanitário de cultivares copa (Concord, Bordô, BRS Rúbea e BRS Carmen) visando comparar a suscetibilidade ao míldio, destacando a mais resistente para plantio. O míldio, causado por Plasmopara vitícola, é responsável pelos maiores danos da viticultura no sul do Brasil e em várias regiões do mundo; favorecido por alta umidade relativa e temperaturas amenas, pode causar perdas de até 100% da produção. As videiras foram implantadas em 2008 e enxertadas sob 1103 Paulsen em 2009 conduzidas no sistema semi-latada em T, do tipo cordão esporonado duplo. O experimento corresponde à 11 avaliações quinzenais realizadas de outubro à março do ano agrícola 2011/2012. Analisou-se a severidade ao míldio em10 folhas marcadas por ramo, de 4 plantas de cada cultivar, sendo as mesmas avaliadas em todas as datas de avaliação. Para acompanhar a evolução da doença, as folhas foram comparadas à escala diagramática proposta por AZEVEDO (1997). Os dados de severidade foram integralizados no tempo para o cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). O experimento, composto por 4 tratamentos e 4 repetições organizados em blocos ao acaso, foi avaliado estatisticamente pelo Software R Studio, através do teste de Tukey com 5% de significância, avaliou-se a % das máximas médias de severidade de míldio e a AACPD das cultivares. Em relação à sanidade, para a análise da maior média de % de severidade, as cultivares BRS Carmen e BRS Rúbea apresentaram-se mais suscetíveis à doença (75,00 e 72,14%, respectivamente), e as cultivares Bordô e Concord demonstraram-se menos suscetíveis (54,72 e 50,06%, respectivamente). Já a avaliação da AACPD não demonstrou diferença entre as cultivares, estas apresentam início e duração divergentes do ciclo fenológico, sendo a Bordô e Concord mais precoces que as demais, influenciando para que apresentem altas AACPD como as outras cultivares. Neste caso a verificação da AACPD para a classificação de suscetibilidade ao míldio deve ser desconsiderada. Assim, apesar de todas serem suscetíveis, as que apresentam maiores porcentagens da doença são BRS Carmen e BRS Rúbea.

 

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